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Para auxiliar indústrias de carne brasileiras no cumprimento de novas exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e União Européia em relação métodos de abate humanitário, a WQS Certificações – em parceria com a PAACO (Professional Animal Auditor Certification Organization) – oferecerá, com exclusividade, treinamentos para capacitar auditores no Brasil e no exterior. Os cursos terão início em janeiro de 2014. Os treinamentos PAACO ministrados pela WQS, no Brasil, serão direcionados a médicos veterinários, zootecnistas, técnicos em agropecuária, funcionários da indústria frigorífica e partes interessadas dos setores de bovinos, suínos e aves. Mais informações e inscrições pelo site: http://www.wqs.com.br/. A PAACO é uma organização de treinamentos e formação de auditores, acreditada pela Fundação American Meat Institute (AMI) e tem em seu Conselho representantes de empresas como McDonald´s, National Pork Producers Council , National Chicken Council e U.S. Poultry & Egg Association. Segue a recomendação do Guia “AMI Handling Guide and Audit 8.2012”, desenvolvido pela Dra. Temple Grandin (Ph.D em Zoologia e ganhadora do prêmio CSHL Double Helix Medal Honoree), para abate e transporte de animais de produção e que adere aos princípios humanitários. Segundo definição acessível no portal do Ministério da Agricultura, o conhecimento do comportamento animal e o uso de estratégias de manejo racional podem assegurar o bem-estar animal e gerar ganhos diretos e indiretos na produtividade e na qualidade do produto final. Por outro lado, o manejo inadequado, além de causar estresse e sofrimento desnecessário, afeta diretamente a qualidade da carne em fatores como cor, pH, consistência e tempo de prateleira. Também reduz significativamente o rendimento de carcaça, devido à incidência de hematomas e contusões. O zootecnista Mateus Paranhos da Costa, professor de Etologia e Bem-Estar Animal na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp em Jaboticabal, observa, em entrevista concedida à reportagem da Revista Unesp Ciência, que os grandes frigoríficos avançaram significativamente nos últimos anos em relação ao que preconiza a legislação, em especial no que diz respeito aos métodos de abate considerados eticamente aceitáveis. Para o coordenador de bem-estar animal da JBS/SA, Everton Adriano Andrade, seguir as normas de abate humanitário reflete diretamente na qualidade da carne e no prato do consumidor final. “Toda certificação de bem-estar animal reconhecida internacionalmente é importante para nossos clientes. Utilizamos a certificação PAACO por exigência de um cliente dos EUA e tivemos ótimos resultados”, afirma. Andrade também avalia que para as unidades da JBS/SA habilitadas a exportar para os EUA/União Europeia, as certificações de bem-estar animal são importantes, pois atendem as expectativas dos clientes mais exigentes. “A JBS/SA tem o compromisso de cumprir normas de bem estar animal no abate, mas sabemos que o tema no Brasil ainda é incipiente para o consumidor final, diferentemente do que ocorre com os consumidores europeus, que optam por pagar um preço mais alto nos produtos certificados”, completa.