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09 de Abril de 2024

Volume e receita com exportações de carne suína caíram em março

Receita gerada pelos embarques totalizou US$ 192,8 milhões, com queda de 22,5%

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 91,9 mil toneladas em março, disse hoje a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é 14% menor que o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 106,9 mil toneladas.

No mesmo período, a receita gerada pelos embarques totalizou US$ 192,8 milhões, com queda de 22,5%.

Já no primeiro trimestre deste ano, as vendas externas do produto atingiram 289,4 mil toneladas, crescimento de 5,3% na mesma base de comparação. Os embarques geraram receitas de US$ 597,7 milhões no período, com uma queda de 7,5% se comparado com o faturamento dos três primeiros meses do ano passado.

“Apesar da retração pontual em março, os embarques totais do ano seguem em níveis acima dos registrados no mesmo período do ano passado. É um indicativo importante da manutenção das perspectivas positivas para o ano, especialmente com a consolidação de mercados recentemente abertos ou ampliados para o Brasil”, disse, em nota, o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Principal destino das exportações do setor, a China importou 19,3 mil toneladas em março, volume 46,8% menor do que o total embarcado no mesmo mês de 2023. Em seguida estão Filipinas, com 14,6 mil toneladas (+54,8%) e Hong Kong, com 7,4 mil toneladas (-44%).

Entre os Estados exportadores, Santa Catarina seguiu na liderança, com 53,9 mil toneladas embarcadas em março (-6,2%), seguido por Rio Grande do Sul, com 18,7 mil toneladas (-27,8%) e Paraná, com 10,2 mil toneladas (-31,6%).

O diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, destaca que os embarques de carne suína vêm experimentando elevações comparativas acima de 100% nas vendas para mercados de alto valor agregado, como Japão, Estados Unidos, Canadá e Filipinas.

“É uma importante ampliação da diversificação dos destinos de exportações, em um momento em que a China tem comprado volumes menores de seus fornecedores. No caso do mercado filipino, que já é o segundo maior importador, esperamos ver números ainda mais expressivos nos próximos meses, após o recente estabelecimento da acreditação do sistema brasileiro pelas autoridades do país asiático”, avaliou.

Globo Rural | Foto: Getty Images