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13 de Julho de 2009
USDA turbina estoque de milho nos EUA em 2009/10
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou consideravelmente suas estimativas para os estoques finais de milho naquele país e no mundo nesta safra 2009/10 e determinou a queda das cotações do grão na sexta-feira (10) na bolsa de Chicago.
Conforme relatório divulgado na manhã de sexta, o USDA passou a projetar os estoques finais americanos em 39,38 milhões de toneladas em 2009/10, 42,2% mais que o previsto em junho. Em relação ao ciclo 2008/09, ainda há retração de 12,4%.
O aumento em relação ao mês anterior reflete uma forte correção para cima na estimativa do órgão para a produção do país na temporada. Segundo o USDA, com o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras serão 312,18 milhões de toneladas, 3% mais que o projetado em junho e 1,6% acima do ciclo anterior.
Com a ajuda dos EUA, os estoques finais globais deverão atingir 139,17 milhões de toneladas na safra atual, volume 10,9% superior ao do relatório de junho, mas 3,2% inferior ao de 2008/09.
As revisões provocaram que a queda dos contratos futuros do milho em Chicago, mas a retração pode ser considerada modesta. Setembro fechou a US$ 3,2825 por bushel, baixa de 1,25 centavo, enquanto dezembro (pós-colheita nos EUA) recuou 2 centavos, para US$ 3,38 por bushel.
Para o mercado de soja, o relatório do USDA foi considerado praticamente neutro por traders consultados pela agência Bloomberg, que prestaram mais atenção em previsões meteorológicas menos favoráveis às lavouras do país. Com isso, os contratos com vencimento em agosto caíram 2,75 centavos de dólar, para US$ 10,4475 por bushel, mas novembro subiu 1 cent, para US$ 9,17.
Se no milho o USDA reduziu a previsão para as exportações brasileiras em 1 milhão de toneladas em 2009/10, no caso da soja não houve alterações significativas.
Para o trigo, o USDA elevou em 9,2% os estoques finais americanos em relação à previsão de junho, para 19,23 milhões de toneladas - foram 18,15 milhões em 2008/09 -e, apesar da redução na projeção para os estoques globais, as cotações caíram. Setembro fechou a US$ 5,1875 por bushel, em queda de 3,50 centavos de dólar.