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A suinocultura em Santa Catarina enfrenta a pior crise dos últimos dez anos. A avaliação é da Associação Catarinense de Criadores de Suínos. Em 18 meses, os suinocultores do estado já perderam cerca de R$ 1 bilhão, como mostra reportagem do Bom Dia SC (veja vídeo ao lado). Na propriedade de Diogo Becker, em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, parte da produção de suínos já foi reduzida. Segundo ele, os frigoríficos pagam R$ 1,70 pelo quilo do porco, mas o valor é insuficiente para cobrir os custos de produção. “Estamos pensando em baixar mais 10% o plantel. É inviável trabalhar com os preços que estão sendo pagos”, diz. No mês passado, a cidade possuía um plantel de 270 mil animais e 200 criadores. Dez já abandonaram o setor e outros 30 colocaram o plantel à venda. A economia da região tem base na suinocultura. Por isso, a situação fez com que o município decretasse situação de emergência. "A crise não tem perspectiva de melhora. Se isso não mudar, com certeza nós vamos ter graves problemas, com muitos suinocultores falindo, vendendo animais, afetando a economia do município", afirma o prefeito de Braço do Norte, Evanísio Uliano. Medidas Para tentar amenizar os efeitos da crise, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, agricultores e representantes da Associação Catarinense de Supermercados se reuniram nesta quinta (28) para discutir medidas de ampliação do consumo de carne, por meio de campanhas e promoções e o aumento das vendas a setores públicos. "Estamos reduzindo os impostos e também incentivando o governo a comprar através da merenda escolar, presídios, hospitais, estimulando assim o consumo", diz o governador. Além disso, representantes da associação dos criadores vão a Brasília (DF) no dia 12 de julho para pedir auxílio ao Ministério da Agricultura e outros órgãos públicos.