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Produtores da região Sul estão com dificuldades para comprar milho fornecido nos leilões realizados pelo governo, denuncia a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). As superintendências regionais do Ministério da Agricultura, de acordo com a ABCS, não estão cumprindo portaria editada pelo próprio ministério que determina a venda dos estoques públicos de milho via Valor de Escoamento de Produto (VEP) e venda balcão destinado aos produtores da região. Para ter acesso ao benefício, os produtores deveriam estar inscritos no Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) e residir em localidades onde tenha sido declarado estado de calamidade. A ABCS se reuniu hoje com o secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Caio Rocha, e apontou que existem dificuldades de produtores em se incluir nos requisitos. De acordo com a associação, o secretário admitiu o problema e enfatizou que o cadastro no Pronaf não é uma exigência feita pela portaria. De acordo com o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o secretário Caio Rocha garantiu que irá buscar uma solução junto à Conab e às superintendências para que o milho ofertado chegue ao produtor mais necessitado. O Valor procurou o secretário, que estava indisponível para comentar. Os dois últimos leilões foram anunciados pelo governo no início deste mês. Por meio da Venda Balcão, a Portaria Interministerial nº 144 autoriza a liberação de até 200 mil toneladas de milho para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, principais produtores de suínos do país. Já a Portaria nº 143 autoriza a comercialização de até 500 mil toneladas por meio de leilões da VEP. Além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, também devem ser beneficiados os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, além das regiões Norte e Nordeste, e o norte de Minas Gerais.