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24 de Agosto de 2011

Suinocultores de Mato Grosso podem ficar sem milho

Os produtores de suínos de Mato Grosso podem ficar sem milho em 2011. A informação em forma denúncia é da direção da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso. (Acrismat). Os produtores, por meio da Associação, tem informado nos últimos 6 meses, o governo do Estado e Governo Federal, que em razão das quebras de safra de milho em todo o país, o Estado deve ficar sem o cereal para consumo animal. Segundo o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, Mato Grosso apesar de ser um dos maiores produtores de milho, o cereal não fica no Estado, por conta da alta demanda de abastecimento do grão pelo Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul, que concentram os maiores rebanhos de aves e suínos, plantéis que demandam grande quantidade do cereal. Rodrigues explica que segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, os estoques de milho não ultrapassarão um milhão e duzentas mil toneladas, isso considerando a quebra de safra que oscila entre 20 a 25%. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, IMEA, 70% desta produção já foi comercializada. O que apavora o setor é que apenas a cadeia suinícola consome 600 a 700 toneladas anualmente. Ou seja o estoque não atenderá nem setor de aves, bovinos e nem exportação. “Precisamos com urgência que o governo interceda pra que haja uma retenção da produção de milho dentro do Estado. Não aguentaremos mais este aumento nos nossos custos que já estão inviáveis, hoje estamos amargando prejuízos e empatando custo e venda”, afirma presidente da Acrismat e produtor Paulo Lucion. De acordo com Lucion hoje o preço da saca de milho está em R$17,50. Se os produtores tiverem que importar de outro Estado o cereal os preços serão exorbitantes e podem girar entre R$30 a R$50 a saca. “Se isso acontecer várias granjas serão fechadas e produtores levados à falência”, revelou o presidente. PLANTEL – Mato Grosso conta hoje com um plantel de 110 mil matrizes suínas, cada uma gera de 20 a 25 animais terminados por ano, de alto grau de evolução genética. Hoje a suinocultura gera no Estado mais de 32 mil empregos diretos e indiretos.