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09 de Fevereiro de 2024
Suíno tende a reagir no curto prazo, mas custo segue sob atenção
Com menor produção prevista para a China neste ano, o Brasil poderá voltar a expandir as vendas para os asiáticos.
Perspectiva de curto prazo é de melhora sazonal dos preços do suíno com o final das férias, entretanto, as incertezas com o desenvolvimento da segunda safra de milho sugerem cuidado com a gestão do risco de preço deste insumo fundamental. Lideranças do setor têm sinalizado expectativa de pequeno crescimento da produção em 2024, após um ajuste importante em 2022 e que levou a um ritmo de produção mais moderado em 2023.
No curto prazo, o custo maior do milho na ração vem sendo moderado pela queda do farelo de soja, sem grandes impactos até aqui, mas acreditamos que a menor disponibilidade do cereal no Brasil impõe um viés de alta no custo da suinocultura, por isso a importância do ritmo de produção seguir controlado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção chinesa de carne suína deverá recuar 3% em 2024, o que equivale a 1,7 milhão de toneladas, isso após ter expandido 2,7% em 2023, mesmo com as margens bastante pressionadas, valendo dizer que o cenário continua difícil para as processadoras na China.
E essa menor oferta deve se refletir em maiores importações. Estima-se aumento de 16,9%, num total de 2,25 milhões de toneladas, 325 mil toneladas a mais. No ano passado, diante do aumento da produção chinesa e consequente menor importação, o Brasil enviou 16% a menos de carne suína in natura para a China, equivalente a 70 mil toneladas de redução, que foi mais que compensada com bons crescimentos em diversos outros destinos extern
Com menor produção prevista para a China neste ano, o Brasil poderá voltar a expandir as vendas para os asiáticos, afinal, a necessidade de importação adicional em 2024 estimada para a China é quase cinco vezes maior que a queda das vendas do Brasil para aquele mercado no ano passado.
Consultoria Agro do Itaú BBA / Imagem: Mundo Agro Brasil