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17 de Maio de 2024

Soja sobe mais que suíno, e farelo fica mais caro para criador

Capacidade de compra do suinocultor vem caindo em maio, informa Cepea

A alta no preço da soja está apertando as contas do criador de suínos. O grão e seus derivados têm subido mais que a cotação do animal vivo, reduzindo a capacidade de compra de insumos por parte do produtor. A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Em nota, os pesquisadores informam que a demanda está aquecida nos dois mercados. Na suinocultura, as indústrias estão buscando lotes extras para abate. Em Minas Gerais, o animal vivo acumula alta de 14,13%, chegando a R$ 7,37 o quilo na quarta-feira (15/5). Em Santa Catarina, a valorização é de 11,92% no período, com o quilo valendo R$ 6,29. Em São Paulo, a cotação chegou a R$ 6,96, valorização de 9,78% na parcial mensal.

No caso do farelo de soja, a incerteza trazida pelas inundações no Rio Grande do Sul está levando compradores a adquirir volumes do insumo para assegurar estoques. A referência do Cepea com base no Paraná acumula elevação de 4,5% no acumulado do mês. Na quinta-feira (15/5), a cotação foi de R$ 130,11 a saca de 60 quilos.

“As chuvas do Rio Grande do Sul impactaram negativamente a produção de soja, devendo limitar a oferta nacional. Além disso, a forte demanda internacional por soja e derivados reforçou o cenário de alta nos preços”, diz o Cepea.

Globo Rural | Foto: AgroBisollo/Divulgação