Notícias
01 de Dezembro de 2009
Soja corresponde a 81% das exportações mato-grossenses
O complexo soja continua sendo o carro-chefe das exportações mato-grossenses. De janeiro a julho os envios do produto ao mercado externo somaram US$ 4,460 bilhões, o que corresponde a 81% do total do Estado, que exportou US$ 5,502 bilhões no período. Na comparação com 2008, quando o complexo totalizou US$ 3,639 bilhões, houve incremento de 22,5% na variação anual. E o destaque foi para a venda da soja em grão, que somou vendas no valor de US$ 3,406 bilhões este ano contra US$ 2,676 bilhões em 2008, elevação de 27,7% de um ano para outro.
O balanço divulgado pela Fiemt e pela Sicme mostra incremento também no volume exportado. O complexo da oleaginosa, que inclui grão, farelo, óleo, lecitina e glicerina, somou o embarque de 11,399 milhões de toneladas, alta de 33,3% sobre as 8,550 milhões de toneladas verificadas em 2008. Já o grão teve uma variação percentual maior, chegando a 37,8%. O volume de embarcado em 2008 foi de 6,398 milhões/t e este ano saltou para 8,820 milhões/t.
O assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo Ribeiro, explica que este desempenho é motivado pela recuperação dos preços da commodity no mercado internacional. "Para se ter uma ideia, a taxa de câmbio em julho deste ano está 21% maior em relação ao mesmo mês do ano passado, gerando ganho para os exportadores, o que por outro lado acaba prejudicando as importações".
Enquanto o complexo soja registra ascensão, o de carnes acumula mais uma retração nas vendas externas. Entre janeiro e julho foram exportados US$ 437,748 milhões, baixa de 20,1% em relação aos US$ 547,985 milhões de 2008. O volume também reduziu, caindo de 187,582 mil toneladas em 2008 para 180,640 mil toneladas este ano. A queda foi puxada pela carne bovina, que teve um faturamento 30,9% menor. Recuou de US$ 408,740 milhões para US$ 282,393 milhões.
Importações - De janeiro a julho, as importações mato-grossenses totalizaram US$ 499,156 milhões, retração de 36,9% se comparado aos US$ 791,2 milhões de 2008. Para Nadaf, a queda pe motivada pela alta do dólar e também pela qualidade dos produtos nacionais, que conforme ele estão em pé de igualdade em relação aos importados.