Notícias

Regiões do Mato Grosso sofrem com a perda de produtividade que agora, na hora da colheita, as chuvas devastam as plantações fazendo a soja apodrecer nos campos. A crise se assemelha à safra de 2006/2007, quando câmbio, preços e clima não favoreceram o produtor. Segundo o delegado da Aprosoja, Rui Alberto Wolfart, cerca de 45 a 65% as safra já foi colhida na região oeste do Estado, dentro de uma área de 1,2 mil hectares onde calcula-se uma média de 15% de perdas até o momento, ou seja, cerca de 10 sacas por hectare. No entanto, os preços na Bolsa de Chicago se mantêm e todo o mercado exportador firmam seus olhos para lá, enquanto brasileiros penam com câmbio baixo e preços pressionados no Porto de Paranguá. Estima-se ainda um total em perdas de 2 milhões de toneladas do grão, como um caso de um produtor de Campos de Julho que entregou uma carreta de 35 mil quilos de soja, onde lhe sobrou apenas 7,5 mil quilos aproveitáveis. Como se não bastasse chuvas, preços ruins e câmbio desfavorável para exportação, a ferrugem asiática destrói o que ainda resta para ser colhido das plantações. “As informações da Conab sobre produtividade são velhas, de dezembro passado e que não há seriedade no levantamento de dados por parte dos órgãos oficiais. Isso depõe contra o setor, alertado pelos preços que recebemos e depois temos que fazer uma ampla política com o Governo para tentar nos socorrer com a logística que é uma perversidade estrutural que temos por aqui”, analisa toda a situação o delegado.