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31 de Janeiro de 2022
Seca e enchentes prejudicam o agronegócio
Já são considerados elevados e bastante prejudiciais ao agronegócio os prejuízos causados pela seca e enchentes no Sul e Centro-Oeste do Brasil. Os prejuízos nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, somados, já foram contabilizados em mais de R$ 50 bilhões. A situação contrasta com as centenas de cidades de Minas Gerais e Goiás que enfrentam perdas por conta das enchentes e inundações.
As culturas mais atingidas são justamente os principais grãos exportados pelo Brasil, a soja e o milho. Somente para os produtores gaúchos, as perdas deverão ultrapassar os R$ 35 bilhões, segundo estudo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro). O prejuízo no estado do Paraná é calculado em R$ 22,5 bilhões, enquanto Santa Catarina já perdeu R$ 1,5 bilhão. No Mato Grosso do Sul, apenas a quebra na soja já custou R$ 1,6 bilhão.
A estiagem no Rio Grande do Sul fez com que 1 em cada 5 municípios gaúchos decretasse situação de emergência, totalizando 200 cidades com este quadro. Já no Mato Grosso do Sul são 79 os municípios que decretaram estado de emergência, segundo a Defesa Civil.
Um pedido de ajuda foi encaminhado ao governo federal pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Dentre as solicitações estão o crédito emergencial sem juros, flexibilização de garantias e ampliação automática do vencimento das operações vencidas por 180 dias. As medidas visam o curto prazo, devido ao impacto das perdas para os agricultores.
Como justamente é o agronegócio o sustentáculo da economia nacional em meio à pandemia do coronavírus, é fácil deduzir-se os prejuízos que serão contabilizados desde o início deste ano, que ainda é prejudicado pela pandemia da Covid-19 e suas intermináveis, até agora, variantes. Mas, dada a grandeza do setor e as exportações superavitárias do agronegócio ajudando na balança comercial brasileira, espera-se que mesmo com os problemas da seca e enchentes seja possível o setor manter-se atuante. Uma situação bem problemática a vivida pelo agronegócio, eis que ainda estamos às voltas com o combate da pandemia, com variantes que preocupam a população e atrasando a volta plena à normalidade.
Ainda temos muitas precauções por conta da pandemia e que, ao fim, acabam por postergar a retomada plena da economia. Porém, gradativamente e mantendo-se o uso de máscaras, a vacinação, a lavagem seguida das mãos e o uso do álcool em gel, a retomada plena virá brevemente, segundo o desejo nacional.