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11 de Janeiro de 2011

Safra de cana tem recorde de 624,99 milhões de toneladas

A produção nacional de cana-de-açúcar moída pela indústria sucroalcooleira em 2010 chegou a 624,99 milhões de toneladas. O número é recorde nacional e representa um aumento de 3,4% na produção total em relação ao ciclo 2009/10, com uma redução de 4% sobre a pesquisa de setembro. O resultado faz parte do terceiro levantamento da safra 2010/11, divulgado nesta quinta-feira (6), pela Conab. O aumento da produção se deve ao crescimento de área e de operação de novas usinas em alguns estados do Centro-Sul, além do bom regime de chuvas no ano passado. Por outro lado, a produtividade média caiu 4,6% sobre a safra anterior, passando a 77,8 toneladas por hectare. O motivo é a estiagem nas áreas produtivas da região Centro-Sul, de abril a novembro de 2010. Em dezembro, a colheita foi encerrada no Centro-Sul, continuando até abril próximo, nas regiões Norte e Nordeste. Do total de cana a ser esmagada, 53,8% (336,2 milhões t) são destinados à produção de 27,7 bilhões de litros de etanol. Deste volume, 19,6 bilhões de litros são do tipo hidratado e 8,1 bilhões do anidro. Os 46,2% (288,7 mil t) restantes vão para a produção de 38,7 milhões t de açúcar, bem acima da safra passada, quando foram produzidas 33 milhões t. Já o consumo interno deve chegar a 11,11 milhões de toneladas, distribuído entre consumo direto e produtos industrializados. Área - No que se refere à área destinada ao setor, a pesquisa chega a 8 milhões de hectares ou ao equivalente a 8,4% a mais que a da safra anterior. O estado de São Paulo ocupa a maior parte, com 4,4 milhões ha ou 54,28% do total nacional. Em seguida, vêm Minas Gerais (695 mil ha), Goiás (599,3 mil ha), Paraná (582,3 mil ha), Alagoas (438,6 mil ha), Mato Grosso do Sul (396,1 ha) e Pernambuco (346,8). A pesquisa de campo foi realizada por 42 técnicos, que visitaram 411 usinas entre os dias 29 e 12 de dezembro, além de contatos com representantes de entidades de classe, associações e cooperativas em todos os estados produtores. (Raimundo Estevam/Conab)