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22 de Novembro de 2010

Relatório anual do PNDS aponta os progressos alcançados na campanha de incentivo ao consumo da carne

Os estados brasileiros onde foram desenvolvidas ações do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) demonstraram expressivos aumentos de vendas de carne suína e um novo reposicionamento em alguns mercados. Os dados foram apresentados pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), na assembléia geral da Categoria, ocorrida no último dia 18, em Belo Horizonte-MG. O vice presidente da Acrismat, Luiz Antonio Ortolan Salles, fazendo um balanço do encontro, do qual ele também participou como conselheiro financeiro da ABCS, destacou a evolução dos trabalhos que vêm sendo feitos através do PNDS. A meta síntese do PNDS é o incremento do consumo doméstico de carne suína, buscando com isso absorver os aumentos de produção e reduzir o impacto causado pela estagnação do volume exportado. Dentro de um objetivo geral de ampliar o consumo per capita do Brasil em 2 quilos no prazo de 3 anos, os produtores estão sendo convocados a introduzir na linha de produção mais 200 novas matrizes, ampliando o plantel atual em pelo menos 13%. Conforme relatório divulgado pela ABCS, é importante ressaltar que, nas condições atuais de produção, cada kg adicional de consumo doméstico representa 180 mil toneladas de demanda adicional de carne suína e requer a adição de 100 mil novas matrizes ao plantel tecnificado. Os efeitos do acréscimo de capacidade produtiva resultante do alcance da meta de incremento de 2 kg de consumo per capita seriam marcantes, aponta o PNDS: R$ 1 bilhão de investimento em granjas, mais de 12 mil novos empregos diretos, demanda adicional de 10 milhões de sacas de milho e 4,2 de sacas de soja, dentre outros. Cada segmento da cadeia produtiva da suinocultura apresenta características próprias, que impõem ações específicas, mas os estudos do setor apontam que a comercialização é o elo da cadeia onde se encontra o maior desafio a ser vencido. Daí o porquê de ações como assegurar padrões de qualidade e garantia para a carne suína comercializada in natura, e oferecer ao consumidor informação qualificada sobre as características nutricionais e de saudabilidade da carne suína. Os resultados alcançados neste primeiro ano de execução do PNDS demonstram que os objetivos estão sendo cumpridos. Mais de 600 mil pessoas receberam em feiras nacionais informações sobre as qualidades da carne suína e suas diversas opções de consumo. Houve também, através de um considerável número de capacitações em cortes, oficinas gastronômicas e palestras, a formação de multiplicadores que em 2011 disseminarão a carne suína em seus locais de trabalho. O PNDS foi implantado em 2010 no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas, em conseqüência do sucesso alcançado pelo PNDS, outros estados solicitaram a adesão ao projeto. Como foco estratégico, defendeu-se a adesão de estados do Nordeste, como Ceará e Bahia, visto que possuem uma das menores taxas de consumo per capita de carne suína do Brasil e necessitam de apoio ao desenvolvimento da suinocultura.