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11 de Outubro de 2011

Receita recorde com embarque de milho

Embora o volume de milho exportado pelo Brasil em setembro tenha sido menor do que no do mês anterior, a demanda pelo produto nacional no exterior continua aquecida. Provas disso são as altas dos preços do cereal na exportação e da receita com os embarques em setembro, que foi recorde, conforme dados compilados pela consultoria Céleres. Em setembro, o país embarcou 1,6 milhão de toneladas de milho, conforme dados da Secex citados pela Céleres. O volume é 14,6% inferior a setembro de 2010 - quando havia batido recorde mensal, com 1,930 milhão de toneladas -, mas 8,2% maior do que em agosto deste ano. A receita com os embarques em setembro bateu recorde histórico mensal e somou US$ 504,3 milhões, 38% maior que no mesmo mês de 2010. Esse desempenho pode ser explicado pelo mercado aquecido num momento de oferta global apertada, o que tem valorizado os preços internacionais do milho. No mês passado, o preço da tonelada exportada foi US$ 305,80, informa a Céleres, 61,6% mais que em setembro de 2010. Entre janeiro e setembro, as exportações de milho somaram 6,2 milhões de toneladas, alta de 14% sobre o mesmo intervalo de 2010. A receita com os embarques no período foi de US$ 1,77 bilhão, aumento de 70% na mesma comparação. Os principais destinos do milho nacional no mês passado foram Japão, Irã e Taiwan. A China, diferentemente do esperado pelo mercado, não comprou milho brasileiro mês passado, observou Juliano Cunha, analista da Céleres. "Este ano, a China entrou mais cedo no mercado [para comprar] e criou expectativa de que importaria mais, mas acabou não comprando em setembro", disse ele. Mato Grosso foi o Estado brasileiro que mais exportou o cereal em setembro, com um milhão de toneladas. O Paraná embarcou 273 mil toneladas de milho e Goiás, 215,1 mil toneladas, de acordo com os dados compilados pela Céleres.