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Embora a crise da União Europeia já tenha mostrado seus impactos no volume de exportações da carne suína brasileira, o cenário não é tão desanimador. No mercado externo, o produto aponta para uma leve recuperação na receita nos primeiros cinco meses do ano ante 2009. Enquanto o país registrou acréscimo de 13,36% no valor dos embarques (US$ 543,95 milhões), o Rio Grande do Sul atingiu 8,44% (US$ 222,72 milhões), segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Na contramão, a quantidade negociada obteve redução de 7,4% (222,74 mil toneladas) e 15,23% (86,28 mil toneladas), respectivamente. Ainda assim, a receita se manteve em alta no decorrer do período, devido aos melhores preços no mercado internacional. - O mercado estava trabalhando com valores praticados na crise. Em março, conseguimos rever esses preços - explica Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips). As expectativas do mercado sobre melhores ofertas vindas da Europa, que tem países produtores de suínos, como a Dinamarca, têm mudando o posicionamento de alguns compradores. - Com mais oferta no mercado, os países se sentem seguros para negociar mais os preços e até reduzir as compras - complementa Kerber. O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, entretanto, acredita em um crescimento das exportações nos próximos meses.