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26 de Agosto de 2009
Rastreabilidade pode ajudar a suinocultura a conquistar mercados
Sistemas completos de rastreabilidade podem ajudar a suinocultura brasileira a conquistar novos mercados. Porém, apesar dos benefícios que isso promete trazer ao setor, produtores e indústrias reclamam não ter retorno do investimento que fazem para rastrear a produção.
No caso da suinocultura, há um sistema de rastreabilidade através do material genético das fêmeas. São métodos modernos e que prometem melhor rentabilidade aos suinocultores, que desde abril têm recebido preços abaixo do custo de produção.
De acordo com as empresas que desenvolveram o sistema de rastreabilidade total, o investimento para o produtor rural implantar o sistema é baixo, menor que 1% do custo de produção.
Os empresários também dizem que os consumidores de classe A estão dispostos a pagar entre 40% e 100% a mais por um produto rastreado e certificado. Porém, alguns suinocultores e frigoríficos alegam que ainda não estão tendo este retorno.
Há quatro anos, Carlos Alberto investe no rastreamento das 1,8 mil matrizes de suínos que cria em Brotas, interior de São Paulo. Foram R$ 25 mil para implantar o sistema. Além disso, a cada dois anos ele paga mais R$ 9 mil para renovar o selo suíno paulista e garantir a qualidade da produção. Só que o suinocultor ainda não sentiu no bolso o resultado do investimento.
O problema é que para que o consumidor pague mais pelo produto, ele precisa saber que é rastreado. Para a Associação Paulista dos Criadores de Suínos, todos os elos da cadeia precisam trabalhar em conjunto. Tanto na hora de investir, quanto na de ter o retorno. O governo diz que tem feito a sua parte para incentivar o produtor a rastrear.