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20 de Setembro de 2023
Queda na cotação do milho deve estimular abate de suínos, avalia Conab

Perspectivas são de recuperação do preço do animal vivo neste segundo semestre de 2023
A queda nas cotações do milho este ano depois do bom desenvolvimento da safra 2022/23 devem estimular os abates de suínos no país, segundo apontou nesta terça-feira (19/9) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em relatório sobre as perspectivas para o ano-safra 2023/24. A previsão é de que sejam abatidas 57,5 milhões de cabeças este ano, alta de 2% em comparação com 2022, e 59,6 milhões de cabeças em 2024, crescimento de 3,5%.
“Em virtude das quedas no milho, principal item do custo, espera-se um aumento mais robusto na produção de carne, em virtude de um maior peso médio de abate”, afirma o documento. A previsão é de uma produção de 5,35 milhões de toneladas em 2023, crescimento de 3,14%, e de 5,57 milhões de toneladas em 2024, avanço de 4,2%.
Em relação às cotações no mercado interno, as perspectivas são de recuperação do preço do suíno vivo neste segundo semestre de 2023 em virtude da baixa de oferta de grãos durante o período de entressafra. O cenário, de acordo com os pesquisadores da Conab, força o aumento nos custos de produção, cenário que só deverá se reverter em 2024 com a entrada da primeira safra de milho.
Nas exportações, o volume esperado para este ano é de 1,22 milhão de toneladas, crescimento de 10% em relação a 2022, e de 1,24 milhão de toneladas em 2024, avanço de 2,1%. Além da abertura de novos mercados, a China também impulsiona os embarques este ano com crescimento de 14,2% no volume importado do Brasil nos seis primeiros meses deste ano.
“Embora com redução gradativa da demanda externa pela carne suína, a China ainda tem uma participação relevante nas exportações brasileiras, com 37% do volume exportado no período acumulado de janeiro a julho de 2023”, completa o documento.
No Brasil, a previsão é de um consumo acima de 21 quilos por habitante ao ano em 2024, avanço de 4,2% em relação a 2023, refletindo o cenário econômico mais favorável a proteínas mais baratas após a perda do poder aquisitivo da população nos últimos anos.
Imagem: ANEK SANGKAMANEE / Shutterstock.com