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10 de Junho de 2009
Queda da receita das vendas externas em maio reforça importância do mercado interno para a Suinocult
Maio foi um mês catastrófico para as exportações de carne brasileira. Suínos, bovinos e frangos lideraram negativamente o mau resultado dos produtos básicos na balança comercial nacional. A diminuição da receita cambial da carne bovina chegou a 37,8% e na carne de frango atingiu 34,6%. Com a carne suína a performance foi ainda pior. O tombo passou de 40% e as exportações não conseguiram render mais do que 94 milhões de dólares. Um resultado da combinação entre a sistemática queda nos valores pagos pela carne vendida no comércio internacional e os reflexos negativos junto aos consumidores das notícias envolvendo a Gripe A H1N1, desde a última semana de abril.
“Sempre chamamos a atenção para o exagero da força hipnotizadora que as exportações exercem. Vender internacionalmente é importante, mas é o mercado interno, a ligação forte do produtor e da indústria de carne suína com o consumidor brasileiro que vai garantir bons resultados para a nossa suinocultura e para a rede de capital e ganhos que a cadeia do segmento consegue imprimir nas regiões onde atua dentro do país. Logo, a tarefa do Seminário é descobrir o ‘Ovo de Colombo’, chamar a atenção para algo que é estratégico: construir um caminho sólido e que promova a auto-suficiência com o mercado interno”, analisa o Diretor de Marketing da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Fernando Barros.
E é para debater o desenvolvimento e os problemas da Suinocultura brasileira que a ABCS vai reunir produtores, pesquisadores, técnicos e empresários em Foz do Iguaçu, de 1 a 3 de julho, no Rafain Palace Hotel & Convention Center, para o 13º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, que ainda conta com o apoio da Associação Paranaense de Suinocultura (APS). Estarão em Foz do Iguaçu especialistas do gabarito de Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda; John Ratcliff, consultor da maior rede de supermercados do Reino Unido, a Tesco; Décio Zylberstajn, um nome mundialmente respeitado no Agronegócio; Francisco Rojo, um dos mais experientes profissionais do marketing de alimentos do país; Marcio Milan, um “expert” em negociações com fornecedores nacionais e internacionais, e Luciano Roppa, Presidente do Grupo Provimi e experimentado em produção, consumo e comercialização de alimentos à base de proteína animal no mundo.
Neste ano, os volumes de carnes embarcadas para o exterior até que vinham tendo um desempenho razoável diante da força avassaladora da crise internacional sobre os tradicionais parceiros econômicos do Brasil. E chegaram até a surpreender no mês passado, em abril. Mas os resultados com os valores permanecem negativos. As quedas de receita emplacaram 31,4% na carne bovina, 19,7% na carne de frango e 15,9% na carne suína se vislumbrarmos os quatro primeiros meses de 2009. “O seminário vai insistir em conceitos que são de conhecimento geral da cadeia produtiva da carne suína. Há 4 anos, as gôndolas dos supermercados não tinham a nossa carne. O resultado positivo de campanhas como ‘Um novo olhar sobre a carne suína’ é inegável. Mas perdeu-se muito espaço para as outras carnes. E elas correram atrás do prejuízo. Mas o consumidor já avisou o que quer. Gosta da carne suína, mas quer cortes pequenos, magros e até pré-preparados. Queremos usar os debates do seminário para jogar esta realidade de uma vez por todas. E discutir, definitivamente, comercialização de nossa ótima, eficiente, saudável e saborosa carne suína”, conclama Fernando Barros.
INCRIÇÕES
As inscrições para o 13º Seminário Nacional da Suinocultura podem ser feitas com um desconto especial, antecipadamente e via Internet, até o dia 25 de Junho. Por meio do site do seminário. Estudantes pagam R$ 115,00; profissionais, suinocultores, supermercadistas, industriais e açougueiros pagam R$ 230,00 e grupos com no mínimo 15 pessoas pagam R$ 190,00. A validação da inscrição será feita após a efetivação do pagamento.