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Mato Grosso precisará de cerca de R$ 12 bilhões para transformar áreas de pastagem em área de agricultura. O custo de preparo da terra é de R$ 1.335 e o estado tem um potencial de 9,1 milhões de hectares. Na safra 2010/2011, a estimativa é de que dos 196,05 mil/ha de aumento na área de soja, 98,25 mil/ha tenham passado pelo processo de conversão pastagem/agricultura, chegando a um desembolso de R$ 131,16 milhões. “O investimento na atual safra foi possível por conta dos preços atrativos da soja nos mercados internacional e interno, porém só não foi maior porque os custos de conversão são altos e exige aportes significativos”, lembra o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira da Silva. O valor do custo de conversão por hectare é 36% maior que o custo operacional de uma área já utilizada para a produção de soja, que no atual ciclo é de R$ 982/ha. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O gasto com correção de calcário é três vezes maior e o com adubação é quase o dobro. A área em potencial para a conversão representa 36% dos 27 milhões/ha de pastagem em Mato Grosso e são consideradas as que apresentam melhores condições de latosolo (solo apto para o plantio) e declividade máxima de 12% para possibilitar o acesso das plantadeiras e colheitadeiras. Além do fator custo, o aumento da área de soja também não foi maior porque a recuperação na rentabilidade do algodão atraiu os produtores a expandir também a área do algodão. Segundo estimativa do Imea, a área plantada no estado terá aumento de 3,2% em relação à safra 2009/2010, passando de 6,217 milhões/ha para 6, 413 milhões/ha. A produção sairá de 18,815 milhões de toneladas para 19,247 milhões, com uma produtividade média de 3 mil quilos por hectare. Os outros 98,25 mil/ha de expansão foram observados em áreas arenosas, que já haviam sido utilizadas para a produção de soja, mas que em função de cenários desfavoráveis foram deixadas de lado nas últimas safras.