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Os vetores do crescimento do setor nos próximos dez anos são Ásia, América Latina e África. Não apostem em milho e soja baratos. E o Brasil segue se dando bem, mesmo com suas mazelas. Preferiu fazer estádio de futebol ao invés de armazém. Consegue plantar três safras, mas só tem capacidade para guardar uma. E escrevam: em cinco anos, o Centro Oeste vai plantar grão para fazer etanol. Até 2020, o mundo vai ficar 12% mais populoso e a produção de carnes deve crescer 20,4%. Uma demanda de 59 milhões de toneladas. Ásia e Pacífico vão abocanhar 56% deste total. Os latinos ficarão com 18% e outros 8% serão dos africanos. Esta montanha de carne vai sair dos países em desenvolvimento. E precisamos prestar atenção na Suinocultura porque ela é um bom negócio. Vejamos. A produção de carne vai continuar aumentando no planeta, mas vai desacelerar. Somente a bovina permanece em evolução crescente. A de suínos vai crescer menos e os chineses, que emplacam 48% do total, não vão poder investir em acréscimo porque não possuem água para tanto. Já o Brasil pode até triplicar a produção de carnes. Sigamos atentos porque, como disse o pensador Roberto Campos, “Números são como biquíni. Mostram quase tudo, mas escondem o essencial”. O brasileiro come hoje 49 quilos per capita de frango, mas está quase saturado, e só vai atingir 56 quilos em dez anos. A carne bovina vai seguir com preços caros e quem ganha com tudo isto? Eu já discordei de algumas projeções mundiais e penso que a carne de frango só vai superar a suína mundialmente mais tarde, em 2020. E isto não tem importância nenhuma. O suíno vai ser 34,2% do consumo internacional. É muito. As indústrias estão comprando aves e suínos. E elas serão multi, globais e locais. Até 2021, segundo OECD-FAO, 126 milhões de toneladas a mais de consumo. E ai entra o suinocultor. O boi vai continuar consumindo 16 mil litros de água para fazer apenas um quilo. Vocês sabem que vocês não fazem carne. Fazem uma mistura de carne, grão, água e energia. E a China não tem água.