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18 de Abril de 2012
Preço da carcaça suína registra queda de 4,5%
De acordo com o último levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço pago pela carcaça suína já registra no acumulado deste mês uma queda de 4,5%. De acordo com a pesquisadora Camila Brito Ortela, a depreciação tem sido intensa nos últimos dois anos.
A especialista explica que o valor pago pela carcaça só foi positivo no final de 2011, motivado pelas festas de final de ano. Em 2012, porém, o consumo de carne suína iniciou um ciclo de baixa e o consequente aumento na oferta de animais puxou os preços para baixo. Dados do Cepea mostram que somente entre os dias 10 e 16 de abril, o valor da carcaça comum recuou de R$ 3,48 o quilo para R$ 3,38/kg.
Camila explica que o consumidor tem optado pelas carnes bovinas e de aves que vêm registrando sucessivas quedas de preços. No acumulado de abril, o crescimento no consumo dessas duas proteínas foram de, respectivamente, 4,9% e 7,2%. Camila completa que além da queda no mercado interno, o embargo russo também ajudou a elevar de forma significativa a oferta de suínos, pressionando ainda mais os preços para baixo. Porém, a pesquisadora acredita que o mercado deverá ficar estável daqui por diante, já que o governo está negociando com os russos a volta das exportações.
Edmar Wardensk Gervásio, pesquisador do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), explica que essas quedas atingiram diretamente o bolso do produtor. De acordo com dados levantados pelo pesquisador, o valor do quilo recebido pelo criador no último mês de março registrou uma queda de 7,3% se comparado à média praticada em fevereiro. Uma das causas dessa depreciação, explica Gervásio, se deu especificamente pelo aumento no valor do milho. Segundo o especialista, o grão é o principal insumo para a produção de carne suína, representando em torno de 70% de sua alimentação.
Produção e Exportação - De acordo com dados do Deral, o Paraná tem o terceiro maior rebanho de suínos do Brasil, com mais de 5 milhões de cabeças. O Estado fica somente atrás de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com Gervásio, além da produção, a participação do Estado no mercado externo é outro foco do mercado paranaense. Em março deste ano em comparação com março de 2011, o incremento nas exportações em volume foi de 19,4%. Em receita, o percentual registrado foi de 8,4%.