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19 de Dezembro de 2012
PNDS alavanca suinocultura do país e cresce 45% no número de capacitados em 2012
A efetividade do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) se comprova após três anos de atuação em 10 estados do país. Com mais de 28 mil profissionais capacitados e mais de 630 ações executadas em 182 municípios, o programa idealizado e coordenado pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), realizado em parceria com as entidades afiliadas, o Sebrae Nacional e suas entidades estaduais, a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cumpre a sua missão na primeira etapa de atuação em prol da suinocultura brasileira.
Após três anos de intenso trabalho, cerca de R$ 13 milhões investidos e mais de 1,2 milhão de pessoas sensibilizadas quanto à saudabilidade e qualidade da carne suína foi possível deixar para trás definitivamente a estagnação em 13 kg de consumo per capita/ano que assolavam o 4º maior país produtor da proteína no mundo desde 2006, atingindo os 15 kg per capita, meta síntese do projeto, um ano antes do prazo previsto.
O PNDS ofereceu sistematicamente treinamentos e capacitações voltados à formação profissional nos três elos da cadeia suinícola: produção, indústria e varejo. Os caminhos traçados pelo PNDS ao longo de três anos ampliaram o comprometimento da ABCS com o suinocultor brasileiro. Os resultados confirmam que as ações foram assertivas e efetivas para o aumento de consumo e maior sustentabilidade dos preços para o setor.
Atuação do projeto de forma sistêmica
Na área de produção, por exemplo, a parceria inédita com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) possibilitou capacitar e preparar mais de 500 colaboradores e gerentes de granjas. Ainda com foco nesse elo da cadeia, foi desenvolvido em parceria com o Ministério da Agricultura (MAPA) o Manual de Boas Práticas Agropecuárias na Produção de Suínos, um conjunto de orientações adequadas a uma produção eficiente e sustentável. O leque de ações do PNDS na área de produção é diversificado, executa ainda ações como o Programa Sebrae da Qualidade Total Rural nas Granjas e de Capacitação Total para Suinocultores (PCT’s), disseminação tecnológica por meio de consultorias individuais (SUINTEC) e o inédito Programa de Gestão Avançada na Suinocultura, além das missões técnicas.
“Todos os esforços para promover uma mudança sólida na forma com que a cadeia produtiva da suinocultura trabalha para posicionar a carne suína no mercado brasileiro de nada adiantariam se não tivéssemos nossos olhos voltados também para dentro da porteira”, comenta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.
Na área de indústria, somente em 2012 cerca de 20 frigoríficos em 4 estados do Brasil implementaram as Boas Práticas de Fabricação (BPF) com treinamento direto e elaboração de manual especifico para cada agroindústria. Centenas de profissionais em tecnologia de cortes receberam treinamento com base no Manual Brasileiro de Cortes, também desenvolvido pelo PNDS em parceira com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
As campanhas junto ao varejo aconteceram ao longo desses três anos em todos os estados participantes do PNDS e ultrapassam 150 lojas. Também foram capacitadas merendeiras com foco na alimentação de alunos da rede pública de ensino, além de testes de aceitabilidade que surpreenderam com o alto índice de aprovação, que em algumas escolas chegou a 98%. Por meio do trabalho realizado pelas afiliadas da ABCS junto à diversos parceiros foi possível ainda disseminar a saudabilidade da carne suína para amenizar o intenso preconceito ainda baseado nos conceitos da antiga criação.
“Se avaliarmos o total de ações desenvolvidas somente em 2012, ultrapassamos mais de 300 atividades, o que representa mais de uma ação acontecendo no Brasil por dia. Devemos e precisamos fazer mais, porém, os passos dados e o consumo aumentado de forma direta nos comprova que estamos no caminho certo. Acredito que o futuro do nosso mercado interno será resultado das escolhas que fizermos hoje”, reforça Lívia Machado, coordenadora nacional do PNDS.