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08 de Outubro de 2009
Natal 2009: supermercados pedem 54% a mais de alimentos do que 2008
O comércio reforçou os estoques e está otimista com o desempenho de vendas do primeiro Natal depois da crise. Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), feita a pedido do Grupo Estado, revela que 77% dos lojistas fizeram encomendas às indústrias iguais ou maiores que as do Natal de 2008. O resultado leva em conta a média dos pedidos de eletrodomésticos, eletrônicos, itens de informática, artigos de vestuário, calçados e alimentos, fechados por 300 companhias do varejo paulista.
"O resultado indica um Natal favorável. A nossa projeção é de um crescimento entre 4% 5% no faturamento real do comércio. Com isso, voltaremos ao patamar de 2007, que foi um bom Natal", afirma o economista da entidade e responsável pela pesquisa, Fabio Pina. Ele destaca que, na média de todos os grupos de produtos pesquisados (duráveis, semiduráveis e não duráveis), 44% das empresas fizeram encomendas semelhantes às do Natal de 2008 e 33% delas fecharam pedidos até 20% maiores. "A fatia de companhias varejistas que ampliaram as compras das indústrias para este fim de ano é maior do que as que reduziram os pedidos para todos os grupos pesquisados."
O maior otimismo foi registrado entre os varejistas de alimentos e bebidas (supermercados), com 54% das empresas fazendo pedidos maiores na comparação com 2008. As vendas desse tipo de varejo dependem essencialmente da renda do consumidor, que não foi tão afetada pela crise. Em seguida está o comércio de bens duráveis, com 35% das lojas expandido em até 20% as encomendas. Pina destaca que, neste caso, a maior oferta de crédito ao consumidor, especialmente dos banco públicos, deve ser o motor que puxará o crescimento. Tanto é que as lojas de bens duráveis são as mais otimistas: 81% delas apostam em encomendas iguais ou maiores ao do Natal de 2008.
Por causa do cenário favorável ao consumo doméstico e encomendas maiores, a maioria dos lojistas ouvidos na enquete (83%) já trabalham com a possibilidade de ter estoques iguais ou maiores aos de 2008 para o Natal deste ano. "Será um final de ano inverso ao de 2008, que foi marcado pelo início da crise", lembra Pina.