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As exportações do agronegócio brasileiro podem chegar a cerca de 85 bilhões de dólares em 2011, de acordo com avaliação apresentada nesta quarta-feira pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. "Como tivemos média de crescimento de 14 por cento ao ano na última década, seria bastante razoável esperarmos incremento em torno ou acima de 10 por cento", afirmou em entrevista a jornalistas, de acordo com nota do ministério. Em 2010, as vendas externas do setor atingiram a marca histórica de 76,4 bilhões de dólares, com recordes de volumes embarcados de vários produtos, além de preços altos de diversas commodities importantes do Brasil. As perspectivas neste início de ano indicam para preços sustentados de várias produtos agrícolas, como café, açúcar e soja. Em 2010, o açúcar foi um dos destaques das exportações. Pelo segundo ano consecutivo, as receitas de vendas internacionais do produto tiveram crescimento superior a 50 por cento, rendendo ao país 12,7 bilhões de dólares, segundo o ministério. O preço médio do produto exportado subiu de 345 dólares em 2009 para 456 dólares por tonelada em 2010, enquanto a quantidade exportada cresceu 15,3 por cento, saindo de 24,3 milhões de toneladas para 28 milhões de toneladas, na mesma comparação. "Essa situação foi em grande parte causada pela quebra de safra na Índia...", afirmou o ministério, referindo-se às compras adicionais dos indianos. 2o NO RANKING Com o crescimento expressivo nas exportações de açúcar, o setor sucroalcooleiro superou o das carnes no ranking de exportação do ministério. As exportações do setor, incluindo etanol, atingiram 13,7 bilhões de dólares, enquanto o segmento de carnes teve exportações de 13,6 bilhões de dólares em 2010, alta de 15,6 por cento ante 2009. O complexo soja (grão, farelo e óleo) segue sendo o principal da pauta de exportação, com vendas de 17,107 bilhões de dólares em 2010. No último ano, outro destaque foi o café, com crescimento expressivo e recorde no valor das exportações: 5,7 bilhões de dólares. O milho também bateu recordes de exportação em 2010, com 2,1 bilhões de dólares, alta de 69,8 por cento ante o ano anterior. Em termos de quantidade, o crescimento foi de 39 por cento, para 10,8 milhões toneladas, o segundo maior volume da série histórica, superado apenas pelas 10,9 milhões de toneladas de 2007.