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18 de Junho de 2010

Milho: estoque inicial de 2011 pode atender 20% do consumo previsto

Em seu último relatório, divulgado na semana passada, sobre as tendências da produção mundial de milho na safra de 2011, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que o consumo total brasileiro no ano que vem deve chegar aos 48,3 milhões de toneladas, 85% das quais serão destinadas exclusivamente à produção de rações. Considerada essa projeção e as previsões, também recentes, da CONAB acerca do possível estoque final de milho na presente safra, constata-se que o estoque inicial de 2011 poderá suprir mais de um quinto do consumo total previsto. Esse será o quarto índice mais elevado dos últimos 10 anos, permanecendo não muito distante do recorde observado em 2009. No ano passado, graças à excelente safra de 2008, o exercício foi aberto com uma safra inicial próxima dos 12 milhões de toneladas, volume que correspondeu a mais de um quarto (26,29%) do consumo total estimado pela CONAB para o ano. Em 2010 a relação estoque inicial/consumo previsto sofreu ligeira redução, mas continua a atender mais de um quinto do consumo projetado. Note-se que essas são situações bem diferentes daquelas observadas, em especial, no triênio 2006-2008, ocasião em que os estoques iniciais de milho atenderam a menos de 10% da demanda anual. Note-se, de toda forma, que embora o estoque inicial de 2011 possa, como ocorreu em 2009 e 2010, continuar superando os 10 milhões de toneladas (a mais recente previsão da CONAB é a de que o ano seja encerrado com um estoque de 10,127 milhões de toneladas), a relação estoque/consumo será inferior à de 2004, ano em que o volume estocado no início do exercício correspondeu a quase 22,5% do total consumido no ano.