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16 de Agosto de 2010

Mercado suíno registra grande demanda e preços mais altos

O mercado interno de carne suína tem se mostrado bastante aquecido, com grande demanda na comercialização, segundo informações do boletim Mercado & Cotações, da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Nos grandes estados produtores os preços de venda tem subido, trazendo mais tranqüilidade ao produtor, que ainda se recupera do período de crise mundial no ano passado, que trouxe prejuízos históricos para a suinocultura brasileira e internacional. O favorável cenário atual da comercialização doméstica de carne suína tem absorvido a produção excedente para exportação, que neste momento apresenta queda de volume o Brasil exportou 43.771 toneladas, em relação a 48.108 toneladas em julho de 2009, uma queda de 9,01%. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), Pedro Camargo Neto, não há uma pressão para exportar mais neste momento. "O mercado interno do Brasil, felizmente aquecido, absorve nossa produção, inexistindo estoques de carne suína acima do usual". A grande procura pela carne suína resultou no aumento da cotação de venda por quilo de suíno em Minas Gerais. Na primeira semana de agosto a Bolsa de Suínos de Belo Horizonte registrou aumento de R$ 0,10 e, esta semana, os produtores comercializaram o quilo do suíno vivo a R$ 3,00. Segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), poucos produtores tem atendido a demanda com animais no peso de 100 quilos. A maioria tem comercializado suínos abaixo do peso por conta da alta demanda e do escasso número de animais vindos de outros estados. A tendência para os próximos dias é de alteração nos preços se o mercado e o consumo se mantiverem. "O mercado em Minas está bastante favorável, com o aumento no valor de comercialização do quilo do suíno no estado. Nossa perspectiva para cotação essa semana é de R$ 3,20, valor R$ 0,20 a mais que na semana anterior. A elevação dos preços e a reação dos mercados nos estados do Sul e em São Paulo tem refletido diretamente no preço pago ao produtor mineiro", explica o vice-presidente da ASEMG, José Arnaldo Penna. Em São Paulo, o mercado apresenta o mesmo cenário da semana anterior, com volumes estáveis, mas em valores maiores. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), a Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo comercializou 11.960 suínos com preços variando entre R$ 53,00 a R$ 55,00 a arroba, o equivalente a R$ 2,83 a R$ 2,93 o quilo do suíno vivo, respectivamente. "O mercado está bastante aquecido, com regiões vendendo a preços muito semelhantes, mostrando um equilíbrio da comercialização. Nossa expectativa é de aumento para essa semana nos mercados do sul e do estado", destaca o presidete da APCS, Valdomiro Ferreira Júnior. No Rio Grande do Sul, o valor máximo atingido na venda do quilo do suíno vivo foi de R$ 2,30, mantendo a estabilidade do mês anterior, segundo informações da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS). Já no Paraná o momento é de aumento da demanda de suínos, com a oferta bastante ajustada, segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS). O quilo do suíno vivo está sendo comercializado em até R$ 2,65, preço de comércio da cidade de Guarapuava, no centro do estado. Para o presidente da APS, Carlos Geesdorf, a expectativa ainda é de aumento para as próximas semanas. "Por enquanto a oferta e procura estão bastante estabilizados. Esperamos que a margem entre os preços de comercialização nas cidades diminua, nivelando as vendas no estado", comenta.