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05 de Julho de 2012

Mercado da suinocultura sofre as consequências do excesso de oferta e os preços elevados dos grãos

Crise que surgiu com excesso de oferta da carne só piora com a alta no preço da soja, encarecendo rações dos animais. Suinocultores independentes são os mais afetados. Situação é delicada e caso dificuldades permaneçam, produção pode se tornar inviável. Devido ao excesso de oferta de carne suína e aos elevados preços da soja e do milho, que são usados como ração para os animais, o mercado da suinocultura segue pressionado negativamente. Para o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Júnior, “a equação não fecha, essa situação está levando desespero ao campo”. Ainda segundo o presidente, os produtores independentes são os mais afetados no momento. “Por conta desse cenário iremos realizar no dia 12 de julho, uma manifestação em Brasília, para mostrar para a sociedade política e brasileira, que se a situação continuar nesses patamares, a produção de suínos será inviabilizada, tanto nos estados do Sul como no Centro-Oeste. A crise no mercado de suinocultura é basicamente fundamentada pelo excesso de oferta de carne, e falta de planejamento. “85% da nossa produção dependem do mercado interno, só que ele não deu sustentação, e o excedente que nós estamos produzindo está derrubando os preços, e para agravar a situação os preços dos grãos estão elevados”, explicou Ferreira. Para o presidente a solução seria diminuir o mais rápido possível a oferta da carne. “Temos uma oferta de animais em torno de 60, 50 quilos estão sendo abatidos, estamos vendendo animais prontos para o abate, e estamos ofertando matrizes que estão deixando de ser reprodutoras para irem para abate”, finalizou o presidente.