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19 de Junho de 2009

Mercado brasileiro do milho sob risco de queda

Mercado brasileiro do milho sob risco de queda Como já estava sendo estimado, os principais referenciais de preços para o milho no mercado doméstico pararam de subir. No mercado disponível de Campinas/SP, o grão oscila ao redor de R$ 22,40 a saca (CIF), tendo conseguido um pouco mais de 1% apenas de alta nos últimos trinta dias. No geral, o mercado permanece tão estagnado quanto nas últimas semanas, até mesmo sob algum risco de baixa. Nas regiões produtoras do Paraná, a comercialização oscila na média de R$ 17,55 a saca, perdendo cerca de R$ 0,30 a saca em relação ao final da semana passada. Em Goiás o mercado oscila ao redor da média de R$ 16,80 a saca, ganhando pouco valor nas últimas semanas e agora estabilizando-se. O motivo da estagnação de preços no mercado brasileiro continua basicamente o mesmo, a baixa paridade nos portos. No mercado externo o milho continua perdendo valor em relação à soja. O baixo ritmo de exportações de milho nos EUA tem sido o maior limitante ao mercado externo, ressaltando que os negócios externos também encontram-se abaixo do esperado no Brasil. Nesta quinta-feira (18), o mercado do milho em Chicago fechou negativo, com o contrato de julho de 2009 descendo a US$ 158,66 por tonelada (- 0,98%), no menor nível desde 30 de abril. Divulgado de manhã pelo USDA, os embarques de milho nesta safra nos EUA somam aproximadamente 33 milhões toneladas, montante 33% inferior ao mesmo período da safra passada, perante uma projeção oficial de 28% de queda. Além disso, as exportações antecipadas da próxima safra 2009/2010 no país somam apenas 2 milhões toneladas, contra 3,5 milhões toneladas neste mesmo período do ano passado. Com isso, a relação soja/milho em Chicago já alcança 2,81, no maior patamar desde meados do ano de 2005. Os menores preços ao milho em relação à soja ocorrem mesmo com projeções de uma colheita menor nos EUA neste ano. Com a estagnação de preços no mercado norte-americano e o fraco valor do dólar perante o real, a paridade nos portos brasileiros fica estimada ao redor de apenas R$ 20,80 a sacaFOB, impedindo qualquer reação de preços nas regiões produtoras.