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27 de Julho de 2009

Marcadores genéticos para melhorar a qualidade da carne suína

O Instituto Genômico de Ontário (OGI, na sigla em inglês) anunciou um investimento de US$ 100 mil em um projeto de desenvolvimento de marcadores genéticos em suínos da Universidade de Guelph, também do estado canadense de Ontário, que pode melhorar a produtividade e o bem estar animal. A pesquisa visa identificar marcadores genéticos que ajudem a produzir suínos sem o chamado odor de macho inteiro, um cheiro desagradável exalado quando se cozinha carne de suínos machos. Esses marcadores eficientes em animais que não apresentam o problema poderão então nortear o melhoramento genético da espécie, buscando obter linhas comerciais de suínos substancialmente livres do odor de macho inteiro, explicou Jim Squires, pesquisador que há mais de vinte anos investiga genes responsáveis pela característica. Os suínos que apresentam o odor de macho inteiro possuem um valor de mercado mais baixo do que aqueles livres de tal característica. Atualmente, a castração dos suínos machos é a prática mais comum para a prevenção do problema, mas as desvantagens variam do prejuízo para o bem estar animal ao aumento dos custos da alimentação, passando ainda pela redução do rendimento de carne magra. A identificação de linhagens promissoras de suínos por meio da genômica permitiria aos produtores evitar estes problemas e melhorar os programas de cruzamento. Squires e seu colega Flavio Schenkel já descobriram e validaram um subconjunto de marcadores genéticos. O investimento do OGI, juntamente com o apoio de parceiros de uma indústria suinícola do Reino Unido, permitirá que a equipe identifique um conjunto maior de marcadores mais eficientes. A meta é validar um subconjunto de marcadores que seja suficientemente capaz de predizer a redução do odor de macho inteiro. A aplicação desse conhecimento dos biomarcadores no processo de melhoramento genético resultaria em raças de suínos com níveis de odor de macho inteiro baixos o suficiente para erradicar a necessidade de castração. A empresa do Reino Unido fornece amostras e linhagens celulares, bem como dados genealógicos e sobre desempenho. Se bem-sucedida, a mesma abordagem poderia ser usada para identificar, validar e aplicar marcadores a raças de suínos utilizadas em Ontário e empresas suinícolas do Canadá. A produção de suínos tem grande relevância no estado de Ontário, gerando US$ 815 milhões em vendas em 2008.