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O governo federal realiza hoje mais um leilão de milho. Este é o sexto do ano do qual Mato Grosso participa. Ao todo, 203,58 mil toneladas dos armazéns mato-grossenses serão ofertados a preço inicial de R$ 16 a saca de 60 kg. Oministro da Agricultura, Wagner Rossi, pretende intensificar a comercialização do milho estocado a fim de amenizar os altos preços pagos pelo cereal pelos consumidores de algumas regiões. O frete caro vem impulsionando o preço final dos leilões. Em Mato Grosso, a saca de 60 kg, ao final de cada leilão, chega a ser vendida a R$ 22. Para produtores de milho no Estado, tal aceleração é vista com bons olhos, pois pode estabilizar o valor de produtos em supermercados, como aves e suínos. Na quinta-feira será a vez da modalidade Valor de Escoamento de Produto (VEP). São quatro os avisos pertencentes ao sexto leilão do milho, promovido pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), pertencente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São eles: aviso nº 031, 032, 033 e 034. Somente no aviso nº 034/2011 serão ofertadas 164,82 mil toneladas de Mato Grosso. As 203,58 mil toneladas de milho do Estado a serem leiloadas são provenientes de Ipiranga do Norte, Nova Mutum, Sinop, Sorriso, Rondonópolis, Primavera do Leste, Santa Rita do Trivelato, Brasnorte, Campos de Júlio, Sapezal e Tangará da Serra. Conforme o gerente operacional da Conab em Mato Grosso, Charles Córdova, com a intensificação dos leilões o que pode ocorrer é uma maior oferta de grãos no mercado, descartando assim a realização de mais de um leilão na semana. LEILÃO SEMANAL Desde janeiro deste ano, a Conab tem realizado leilões semanalmente às quartas-feiras. “A aceleração nas vendas é para não pressionar os preços, além de suprir as necessidades. Nos últimos três leilões os preços em Mato Grosso se mantiveram entre R$ 20 e R$ 22 a saca de 60 kg ao final de cada aviso. Nas demais regiões o que levou a aumentar o preço da saca foi o frete. Quem compra o milho tem, hoje, de concorrer com a soja no quesito transporte. Por isso, em algumas regiões, como São Paulo, cuja necessidade do cereal é grande, chega-se a pagar R$ 35 a saca”. Conforme Córdova, a Conab começa a oferecer a saca a partir de R$ 16 para não impactar tanto para o consumidor (indústrias e alguns produtores de aves e suínos). “Para o governo federal seria mais justo esse valor de R$ 16”. Para o presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Alfindo Uggeri, a intensão do governo federal em aumentar o volume ofertado de milho nos leilões é “bom” para segurar os preços. “Essa oferta será ótima para segurar os preços, tanto para o produtor quanto para as indústrias e produtores de aves e suínos. Hoje, o milho é 70% da ração para aves e suínos, o que influencia no custo de produção, bem como para o consumidor final”. Além de Mato Grosso, também participam do leilão de hoje os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Paraná. Ao todo, serão ofertadas no país 407,75 mil toneladas. Desde novembro de 2010, 1,9 milhão de toneladas do produto foram ofertadas no país. Na quinta-feira, a Conab negocia 120,8 mil toneladas, na modalidade VEP, divididas nos avisos 35 e 36.Oaviso 35 coloca à venda 107,7 mil toneladas, provenientes de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. O aviso 36 abrange 13 mil toneladas, com origem em Mato Grosso. ÚLTIMO LEILÃO No dia 2 de fevereiro, no quinto leilão do milho, Mato Grosso ofertou 203,8 mil toneladas, e destas, apenas 154,7 mil toneladas foram adquiridas, montante este que gerou arrecadação de R$ 44,5 milhões.