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28 de Setembro de 2009

Friboi e Bertin dobram capacidade

Com a associação do grupo JBS e frigorífico Bertin a capacidade de abate da empresa, em Mato Grosso, passa a ser de 12.266 cabeças por dia, diante de uma capacidade total de abate de 27.071 animais nos frigoríficos com inspeção federal no Estado. Isso quer dizer que o Friboi, ou a nova empresa a ser criada, passará a ser responsável por 45,3% dos abates em Mato Grosso. Antes da fusão, o frigorífico tinha uma capacidade de abate de 4.737 animais por dia. Recentemente a empresa assumiu as plantas do frigorífico Quatro Marcos que estavam fechadas nos municípios de Cuiabá, Juara, Colíder, Alta Floresta e São José dos Quatro Marcos, passando a ter uma capacidade de abate diária de 8.766 cabeças. Com a associação do frigorífico Bertin, a capacidade sobe para 12.266 animais por dia, com a adição das plantas de Diamantino e Água Boa. De acordo com a Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Mato Grosso vem passando por uma transformação na sua estrutura industrial frigorífica, que desde o início do ano assistiu ao fechamento de 15 plantas e à concentração dos abates em poucas unidades industriais. Os abates de janeiro a julho de 2008 somaram 2.551.816, enquanto que no mesmo período de 2009, alcançaram 2.379.381 animais abatidos, uma diminuição de 6,8%. Mesmo diante dessa redução, devido ao fechamento de algumas unidades, o nível de utilização das plantas em atividade está acima do que ocorria no primeiro semestre. Alterações em relação à indústria, a estabilidade de preços mesmo na época de entressafra, a diminuição de 7% no número de animais confinados no Estado e a queda nas exportações de carne do Mato Grosso, mesmo com um aumento de exportação para o Oriente Médio e a China, vêm alterando setor. Para a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), esta situação merece atenção por parte dos produtores. Segundo Carlos Augusto Zanata, do Departamento Técnico da entidade, mesmo com esta combinação de fatores o nível de investimento na cadeia produtiva se mantém retraído, porém, imprevisível quanto ao que poderá ocorrer nos próximos meses. (MM)