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24 de Setembro de 2009

Fosfato de MT pode trazer auto-suficiência para o setor agrícola

Prevendo um cenário otimista, o Departamento de Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil diz que em cinco anos o país poderá tornar-se auto-suficiente na produção de fósforo e nitrogênio. Segundo especialistas, ao mesmo tempo em que sobra riqueza mineral no país, a pesquisa, que é de fundamental importância para a detecção das jazidas, ainda é muito cara. Mesmo assim o setor agrícola, que para o plantio necessita de um adubo composto basicamente de três nutrientes principais – o Nitrogênio (N), o Potássio(K), e o Fósforo (P), assiste à uma gama de investimentos que, mesmo a passos lentos, trará consequências como a auto-suficiência. Mas até lá a importação desta mistura, todavia, é a manobra recorrente dos agricultores para suprir a demanda vocacional da maioria dos estados brasileiros – que possuiu na agricultura a base de sua economia. "É a única saída para continuar produzindo, mais encarece substancialmente a produção", analisa um representante do Departamento de Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil. Segundo o órgão, 80% da matéria prima dos fertilizantes são importados pelo país. Mas esta realidade está mudando. Segundo informações de agências noticiosas, a extração de potássio no Brasil pode estar resolvida em 10 anos. Já o Nitrogênio apresenta perspectivas inéditas de revelar grandes jazidas durante a exploração da camada do pré-sal, lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 31 agosto em Brasília, mesmo sob a cerrada marcação de uma manifestante do Greenpeace. Já com relação ao fósforo, as pesquisas estão bem adiantadas em todo o país, inclusive em Mato Grosso. Este elemento não-metálico é encontrado na natureza em combinações de fosfato e outros sais, além de fosfatos de cálcio nos ossos e nos dentes. Pesquisas realizadas há mais de quatro anos nos municípios de Planalto da Serra, Paranatinga e Nova Brasilândia (região sul do estado) revelou a presença do material em larga escala na região. Com toda essa conjectura, Mato Grosso pode passar não só a ser auto suficiente como também exportador de fosfato, atraindo novas indústrias de fertilizantes e gerando uma investimento médio R$ 1 bilhão. Atualmente Mato Grosso gasta em média R$ 200 milhões com a importação de fosfato. No entanto o mesmo levantamento aerogeofísico que apontou grandes áreas com alterações magnéticas no estado, é o mesmo que dimensiona a potencialidade dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, maiores produtores de fosfato no país. Hoje o estado importa 100% do minério, com custo muito alto devido principalmente à dificuldade de transporte. Mesmo assim especialistas acreditam que o estado passará a ser auto suficiente neste produto em cerca de 10 anos, e o Brasil na produção de fertilizantes no mesmo período.