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30 de Julho de 2024

Exportações de carne suína do Paraná crescem e chegam a 70 países

Primeiro semestre de 2024 marca o segundo melhor desempenho histórico para o estado

O Paraná exportou carne suína para 70 países no primeiro semestre de 2024, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Destinos como Vietnã (+69%), Geórgia (+41%), Angola (+29%), Cuba (+152%), Costa do Marfim (+93%) e República Dominicana, que iniciou suas importações do estado este ano e já figura entre os dez principais destinos, registraram crescimento significativo.

No período de janeiro a junho, o Paraná exportou 79 mil toneladas de carne suína, ficando próximo do recorde de 81 mil toneladas do primeiro semestre de 2023. A redução nas exportações para parceiros tradicionais como Hong Kong, Argentina, Uruguai e Albânia influenciou essa diferença, conforme o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

As exportações para a República Dominicana totalizaram 1,4 mil toneladas no primeiro semestre, representando 20,7% do volume comprado do Brasil por esse país. O Paraná foi o segundo maior exportador para a República Dominicana, atrás do Rio Grande do Sul e à frente de Santa Catarina. Em termos de valor, o Paraná vendeu US$ 2,8 milhões para a República Dominicana.

Priscila Cavalheiro Marcenovicz, médica veterinária do Deral, destaca que a abertura de novos mercados reflete o rigoroso controle sanitário do estado. A República Dominicana compra carne suína apenas de estados brasileiros reconhecidos internacionalmente como livres de febre aftosa sem vacinação, status alcançado pelo Paraná em maio de 2021.

Novos mercados e metas futuras

Em 2024, a carne suína do Paraná também alcançou novos mercados, com pelo menos 12 países que não importavam a proteína em 2018 adquirindo volumes significativos este ano. Entre esses novos destinos estão Maurício, Malásia, Quênia, Camboja, Afeganistão, Laos, Guiné, Timor-Leste, Tanzânia, Nauru, Uzbequistão e Dominica.

O Governo do Paraná continua a buscar novos mercados, especialmente após a certificação de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A expansão das relações comerciais demonstra a confiança dos importadores na qualidade da carne suína paranaense.

Em março, uma comitiva chinesa visitou o estado para avaliar o controle sanitário e os frigoríficos, visando abrir o mercado chinês para a carne suína paranaense. Apesar do aumento das exportações, o Paraná também atende significativamente o mercado interno, sendo o maior fornecedor de carne suína no Brasil em 2023, com 992 mil toneladas.

No cenário nacional, o Brasil teve o melhor primeiro semestre da história em exportações de carne suína, com aproximadamente 590 mil toneladas, um aumento de 2% em relação a 2023.

Canal do Boi | Foto: Divulgação