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13 de Dezembro de 2010

Exportação de suínos pode voltar a 600 mil t em 2011

Agência Estado Suzana Inhesta A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) acredita que em 2011 o volume exportado de carne suína brasileira deve voltar ao patamar de 600 mil toneladas, que representa a média anual vendida ao exterior nos últimos cinco anos. A meta deverá ser cumprida devido à previsão de início das vendas para mercados importantes no ano que vem, como Coreia do Sul, Estados Unidos e União Europeia. A expectativa para 2010 é de atingir um volume de 561,882 mil toneladas embarcadas. De acordo com o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, em almoço com jornalistas hoje, apesar de os Estados Unidos já terem reconhecido o Estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa e abrir o mercado ao suíno brasileiro, falta ainda a aprovar e habilitar as fábricas para que as exportações ao país comecem. "Esse processo ainda está pendente, porque precisa resolver a questão da suspensão das importações da carne bovina brasileira processada. Mas é um processo rápido", disse, ressaltando que o potencial de volume a ser exportado ao país não será tão grande, mas será uma chancela para a abertura de outros mercados. Já sobre Coreia do Sul, terceiro maior mercado consumidor mundial de suínos, e Japão, maior consumidor global da carne, Camargo Neto está bastante confiante. "Esperávamos que Coreia do Sul fosse aberta ainda este ano. Não sei quando eles vêm, mas a hora que aprovar vai ser bastante volume que poderemos vender. Eles importam cerca de 450 mil toneladas de suínos, principalmente dos Estados Unidos e México", afirmou. "Já sobre o Japão, ainda falta vir a primeira missão - geralmente são duas. A abertura desse mercado não é uma questão política, é muito mais o trauma da febre aftosa. Mas estou confiante de que o ano que vem os dois mercados serão abertos", completou. No momento da declaração de Camargo Neto ainda não havia a confirmação do Ministério da Agricultura de que as missões sanitárias dos dois países virão ao Brasil no primeiro trimestre de 2011 para inspecionar unidades de carne suína em Santa Catarina. Além de Japão, Coreia do Sul e União Europeia, a Abipecs quer negociar a abertura dos mercados do Canadá, México e China. "Nossa meta é sempre abrir novos mercados, mas se abrirmos tudo em 2011 não haverá carne suficiente para atender a demanda", brincou Camargo Neto. "Alguns deles, com certeza, só vão ser abertos em 2012", disse. China - Já com relação à abertura do mercado chinês, o presidente da Abipecs diz estar receoso. "A recente visita técnica dos chineses foi boa, mas a abertura depende muito dela. Tenho receio e tomo como parâmetro as negociações com o frango que demoraram meses. O fato de ter vindo ao Brasil já é um sinal de interesse", declarou, acrescentando que no começo de 2011 irá à China para fazer uma "pressão".