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22 de Junho de 2009

Exportação de suínos às Filipinas ainda é incerta

Exportadores de carne suína queixam-se de que as Filipinas estão discriminando o produto brasileiro. Em 2002, uma missão veterinária do país esteve no Brasil visitando estabelecimentos exportadores, mas só habilitou frigoríficos de carnes de frango e bovina. Uma nova missão esteve no Brasil em fevereiro deste ano e voltou a visitar estabelecimentos de carne suína, mas o ministro da Agricultura das Filipinas, Artur Yap, não homologou o trabalho dos veterinários, segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). A decisão de Yap, que inicia visita ao Brasil esta semana junto com a presidente das Filipinas Gloria Arroyo, contraria informações obtidas pelos exportadores no Ministério da Agricultura. Segundo Camargo Neto, uma delegação do ministério foi às Filipinas e informou que três fábricas de Santa Catarina seriam habilitadas a exportar carne suina. De acordo com o presidente da Abipecs, pressão de produtores de suínos das Filipinas teria contribuído para a decisão de Yap. O mercado de carne suína das Filipinas é pequeno - cerca de 10.000 toneladas anuais - e hoje é atendido por União Europeia, Estados Unidos e Canadá. Mesmo assim é importante na estratégia dos exportadores e obter novos mercados para a carne suína brasileira, já que ainda são muito dependentes das vendas para a Rússia. "A não habilitação do Brasil protege nossos concorrentes" e não o produtor filipino, reclama o dirigente. Apesar dos sinais negativos, a "esperança" dentro do governo é de que a presidente Gloria Arroyo anuncie a habilitação.