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11 de Janeiro de 2011

Exportação brasileira de carne suína em 2010 soma US$ 1,34 bilhão, diz Abipecs

A oferta ajustada à demanda externa, a forte expansão do consumo interno, a valorização do real, a elevação dos preços nos mercados interno e externo e o aumento da concorrência internacional foram os principais fatores que influenciaram as exportações de carne suína brasileira em 2010, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Os volumes caíram 11,04 %, passando de 607,5 mil toneladas, em 2009, para 540,4 mil toneladas, em 2010. No entanto, a receita cresceu 9,32 %, evoluindo de US$1,23 bilhão, em 2009, para US$ 1,34 bilhão, em 2010. A crise financeira de 2008/2009 continuou a afetar os volumes e os preços das exportações, em 2010. A boa evolução dos preços, 22,9% superiores aos praticados em 2009, ainda ficou aquém dos preços obtidos no período de janeiro a outubro de 2008, que antecedeu a crise. Outro fator importante que prejudicou os volumes exportados foi a forte valorização do real, que reduziu a competitividade do produto brasileiro em relação aos principais concorrentes: Estados Unidos e alguns países da União Europeia. A Rússia, principal mercado, teve sua moeda fortemente desvalorizada, o que contribuiu para a melhora da competitividade dos Estados Unidos e da Europa naquele mercado. Além disso, a desvalorização do dólar fez com que os custos de produção nos Estados Unidos ficassem semelhantes aos do Brasil, avalia a Abipecs. Como em quase todos os setores da economia brasileira, o mercado interno, em 2010, esteve muito mais atrativo do que o externo. Diante dessa situação, os exportadores puderam exercer opção por não vender aos preços que os importadores ofereciam, preferindo melhor remunerar seus produtos no mercado doméstico.