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24 de Maio de 2010

Entrevista Jurandi Soares Machado

“A produção de carne suína no Brasil vai ficar muito parecida com a de 2009, com 3,1 milhão de toneladas. Ou ter um leve crescimento já que não houve um desalojamento. O que podemos ter é uma certa pressão no segundo semestre, o que afetará de alguma maneira o equilíbrio entre oferta e procura na segunda metade do ano. Olhando para o mundo, temos os principais produtores de carne suína do mundo. China, Estados Unidos, União Européia, Brasil e Canadá. Do outro, os países que são tradicionais compradores. Rússia, Filipinas, Coreia do Sul, México e Japão. Quando a gente olha para os números de excedente de produção em comparação com a disponibilidade anunciada pelos importadores, temos uma diferença de 400 mil toneladas. Isto faz com que em 2010 tenhamos uma oferta menor no mercado mundial, o que pode sinalizar um retorno aos preços nos níveis de 2008. Mas há um porém. Os Estados Unidos afirmam que vão ter mais excedentes em 2010 do que tiveram no ano passado. Felizmente, pelo menos para este raciocínio, os produtores americanos permanecem com uma situação bastante crítica de custos. Assim como os suinocultores europeus. Então, é provável que ao longo do ano esses excedentes não se concretizem nos volumes que estão hoje. Assim, olhando o movimento da produção e dos importadores, o mundo vai ter mais demanda do que em 2009. E uma oferta menor de carne suína”. Jurandi Soares Machado - Diretor da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS)