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07 de Dezembro de 2010

Empaer divulga estudos sobre agricultura familiar

Conforme levantamento dos técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), o Estado possui mais de 188 mil agricultores, sendo 140 mil familiares e 48 mil de médio e grande agricultor. O estudo revela que 30% dos agricultores familiares exercem a pecuária de leite como atividade econômica, com uma produção média diária de 70 litros de leite no período das chuvas e 40 litros na seca, com um plantel de 1,05 milhões de vacas de leite, seguindo para a fruticultura, olericultura, mandioca, seringueira e outras. O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Empaer, Almir de Souza Ferro apresentou os dados das principais cadeias produtivas de Mato Grosso durante a reunião técnica para discussão de ações de transferência de tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), no dia 19.11. Ele salienta que o Estado possui 718 projetos de assentamento e 90 mil agricultores assentados e a maioria dos produtores vem de uma atividade que não é agrícola e exige do Estado um assessoramento técnico contínuo. Para as cadeias de fruticultura e olericultura (legumes e verduras) foi realizado um diagnóstico nos municípios da Baixada Cuiabana permitindo o planejamento da produção com a escolha de 29 variedades de frutas e 29 de legumes e verduras que serão produzidos nos determinados municípios. Durante o diagnóstico foi identificado a existência de 21,5 mil agricultores familiares, sendo 10 mil agricultores tradicionais e 11,4 mil assentados. Segundo o diretor, o diagnóstico da produção de frutas, legumes e verduras (flv) foi realizado para identificar as principais limitações tecnológicas como a infra-estrutura, crédito e outros. A cadeia produtiva da mandioca identificou baixa produtividade em torno de 14 toneladas por hectare. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a área plantada no Estado na safra 2007, foi de 39,1 mil hectares com uma produção de 551 mil toneladas de mandioca, sendo destinada a maior parte para industrialização na produção de farinha. “A mandioca detém um pacote de tecnologias que possibilita aumentar a produtividade acima de 20 toneladas por hectare, e não exige do produtor novos investimentos e sim práticas corretas de plantio, seleção e preparação das ramas, tratos culturais e outros, evitando perdas de até 30% do produto”, esclarece Ferro. O levantamento verificou também a produtividade da borracha no Estado que chega a 922 quilos por hectare, com o plantio em 69 municípios, numa área de 46,3 mil hectares. A apicultura é outra atividade que está expandindo em nível avançado nos consórcios intermunicipais do Vale do Guaporé, Nascente do Pantanal, Vale do Juruena e alto Rio Teles Pires. Principais cadeias produtivas apresentadas – Pecuária de leite, fruticultura, olericultura, mandioca, piscicultura, seringueira, apicultura, suinocultura, avicultura e pupunha. “O desenvolvimento das cadeias produtivas vai fortalecer a agricultura familiar no Estado”, declara Almir.