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18 de Maio de 2010

Dólar sobe e milho recua quase 2%

O dólar se valorizou frente a uma cesta de outras moedas e pressionou as commodities ontem, entre elas os grãos negociados em Chicago. Os contratos de milho com vencimento em julho caíram 1,93% e fecharam cotados a US$ 3,56 por bushel. A soja para o mesmo mês recuou 1,31% e o trigo, 0,53%. Os investidores ainda parecem preocupados com os rumos da economia global, em meio à crise despertada na Europa. Assim, evitam ativos considerados de maior risco, como commodities e ações. Em vez disso, buscam a segurança da moeda americana. E, quando o dólar sobe, as matérias-primas ficam mais caras para compradores que usam outras moedas. Ontem, o índice CRB, que reflete o comportamento das commodities, cedeu 2,07%. No caso específico do milho houve também pressões relacionadas aos fundamentos, ou seja, sinais de oferta e demanda. O clima é bom para o plantio da safra dos Estados Unidos. Segundo relatório semanal do governo, divulgado ontem, 87% da safra já foi plantada, ante 61% há um ano. O ritmo é superior à média em cinco anos para este momento, de 78%. Outra importante influência para o mercado de milho foi a queda de 2,14% no preço do petróleo para junho, negociado em Nova York. Nos Estados Unidos, o milho é a principal matéria-prima do etanol, que perde competitividade quando o petróleo cai.