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06 de Janeiro de 2010
Créditos nas granjas
A Sadia é a primeira empresa do setor agrícola no mundo a obter registro para um programa de atividades voltado para a captação de gases do efeito estufa. Com o registro, a Sadia passa a poder coletar e armazenar os dados dos sistemas de monitoramento instalados nas granjas de suínos. Com isso, os créditos de carbono gerados pelo Programa Suinocultura Sustentável Sadia (Programa 3S) começam a ser computados para serem vendidos. A expectativa da Sadia é de gerar a cada ano 600 mil toneladas de CO2 equivalente. O programa conta com biodigestores instalados em 1.086 propriedades de suinocultores integrados da Sadia, em Uberlândia (MG), Três Passos (RS), Concórdia (SC), Toledo (PR) e Lucas do Rio Verde (MT), que equivalem a 38% dos suinocultores da Sadia.
A obtenção do registro abre caminho para a ampliação do programa, já que os integrados passam a ter uma perspectiva de ganhos reais com a instalação dos biodigestores.
“A obtenção do registro na ONU por meio da modalidade de Programa de Atividades (PoA) traz um potencial enorme de extensão do programa a novos suinocultores, já que aqueles que desejarem aderir a partir de agora não precisarão cumprir novamente todo o trâmite para obter o registro da ONU. Basta o Instituto Sadia incluir a propriedade na lista das que seguem aquelas mesmas diretrizes, segundo os critérios do próprio Instituto”, afirma Julio Cardoso.
Até 2007, a ONU trabalhava apenas com uma modalidade de registro de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), chamada Project Design Document (PDD). No caso do Programa 3S, para que todos os participantes do projeto obtivessem o registro com o uso dessa metodologia seria necessário apresentar à ONU aproximadamente 15 PDDs, o que traria um custo altíssimo aos participantes. Já pela metodologia PoA é possível apresentar um único projeto reunindo diversos integrados e, inclusive, incluir produtores após a obtenção do registro.