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23 de Setembro de 2011

Crédito para 2ª safra de milho em MT

A superintendência do Banco do Brasil, em Mato Grosso, está finalizando os detalhes para regulamentação do pré-custeio ao milho, cultura de maior adesão para a formação da segunda safra estadual. O Estado que é campeão na produção de soja e algodão, lidera também o ranking nacional da segunda safra do grão no Brasil. Como explica o gerente de mercado de Agronegócio do Banco, Anderson Scorsafava, é a primeira vez que o BB oferta, de maneira antecipada, uma linha de financiamento específica ao milho. Assim como os produtores têm acesso aos recursos de pré-custeio à soja, o novo instrumento permitirá as mesmas condições no momento em que ele planeja a estratégia de plantio. O teto será de R$ 500 mil por CPF, volume desatrelado de qualquer outro financiamento rural já adquirido para a safra 11/12, com juros controlados de 6,75% ao ano. “Esses recursos ao milho estavam sendo ofertados praticamente às vésperas do plantio, entre janeiro e fevereiro. Agora, com o pré-custeio, o produtor tem acesso ao crédito justamente no momento em que está tomando a decisão sobre o tamanho e os investimentos necessários a segunda safra”. Como destaca o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Ottoni Prado, esse crédito adicional é uma conquista das entidades produtoras. “Junto com a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja/MT), conseguimos fazer com que o acesso fosse antecipado”. Scorsafava lembrou que os recursos para segunda safra estavam contidos no Plano Safra 11/12, mas excluía Mato Grosso, “e os produtores do Estado, juntos, conseguiram acesso aos recursos. A antecipação é uma conquista da classe e já pode pleiteada junto às agências”. Prado disse ainda que em recente reunião na superintendência estadual, o Banco voltou a garantir a oferta de crédito rural para esta safra e reafirmou o compromisso de aplicar R$ 2,8 bilhões no Estado. “Existe dinheiro e é preciso, que na medida em que o produtor possa ter acesso, que acesso para não sobrar dinheiro e prejudicar a planejamento da nova safra (12/13)”. RECURSOS - No início de julho, o Banco deu início às contratações de crédito para a atual safra e anunciou a oferta de R$ 2,8 bilhões, com a garantia de esforços para agilizar a liberações de recursos, como também, suplementações, caso haja demanda. Se a meta for atingida, as cifras forem confirmadas, o Banco amplia em 20% a oferta de crédito rural no Estado, em comparação aos R$ 2,39 bilhões desembolsados no ciclo 10/11. Na ocasião, o diretor de Agronegócio do BB, Ives Cézar Fülber, fez questão de lembrar que os recursos são a soma de tudo que será disponibilizado para a agropecuária nas modalidades empresarial, familiar e pré-custeio e que enquanto os recursos da União aumentaram na ordem de 7% de Plano Safra para outro, o Banco do Brasil ampliou em quase três vezes mais no Estado. PLANO SAFRA - Com relação aos desembolsos pertinentes a nova safra, Scorsafava disse que o Banco ainda está tabulando as operações. De antemão, em função as renegociações de dívidas do setor – que permite que o produtor tenha acesso ao crédito, por sair da condição de inadimplente – e pelo esforço das agências para agilizar o processo, desde a formalização à liberação, ele acredita que os R$ 2,8 bilhões serão aplicados nesta safra no Estado. “Temos casos de contratação de investimento liberado em até sete dias. Sei que a velocidade ainda não está adequada à demanda do setor, mas sabemos que estamos no caminho certo, evoluindo a cada temporada”. O presidente da Famato destaca que a burocracia existe, que muitas vezes a falta de capacidade de endividamento do produtor atrapalha o processo de análise, mas que em geral, de fato, as contratações estão sendo deliberadas com maior agilidade.