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21 de Julho de 2009

Com a contaminação de suínos na Argentina, Brasil entra em alerta

A contaminação de suínos na Argentina com o vírus A (H1N1) da gripe traz a pergunta inevitável: o mesmo pode acontecer no Brasil? Na sexta-feira passada, o governo da Argentina decretou estado de alerta sanitário no país depois que suínos de duas granjas na província de Buenos Aires contraíram o vírus de humanos. No Brasil, medidas de reforço da biossegurança nas granjas de produção de suínos foram tomadas a partir de maio passado, relata Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Segundo ele, quando o vírus foi detectado em suínos no Canadá, em maio, o Ministério da Agricultura brasileiro recomendou um reforço da biossegurança nas granjas brasileiras, aconselhando que funcionários com indícios da doença não compareçam ao trabalho nas granjas e nas fábricas de rações para os animais. "As granjas brasileiras já tinham um nivel de biosseguranca elevado que foi reforçado após o início [da doença] no México e o caso de suíno contaminado no Canadá. Estamos protegendo os animais das pessoas gripadas", afirma Camargo Neto. O dirigente reconhece que os últimos eventos na Argentina não são positivos para o Brasil, mas diz que até agora a gripe A, não teve efeito sobre as exportações brasileiras de carne suína, que seguem "normais". No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras do produto somaram 294, 47 mil toneladas, alta de 8,79% sobre o mesmo intervalo de 2008. Em receita, porém, houve queda de 17,63% na mesma comparação, para US$ 583,07 milhões, segundo a Abipecs. O governo argentino decretou o alerta sanitário por conta de dois casos de contaminação de suínos por pessoas. No dia 24 de junho, o vírus A (H1N1) foi identificado em granja na localidade de San Andrés de Giles, na Província de Buenos Aires. No dia 8 deste mês, mais animais afetados pelo vírus foram identificados em granja em Cañuelas, na mesma província