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06 de Dezembro de 2010

Carne suína vira opção viável, diz Folha do Estado

Apesar da alta de 13% no preço ante 2009, supermercados esperam aumento de 12% nas vendas Acrismat e Divulgação VIVIANE PETROLI REPORTAGEM LOCAL Com o preço exorbitante da carne bovina nos últimos meses, uma das alternativas dos mato-grossenses tem sido a carne suína, principalmente para as festas de final de ano. Contudo, em relação ao período em 2009, alguns cortes suínos como o lombo chegaram a ter um incremento de 13% no preço. o quilo do lombo era encontrado em média a R$ 13,69, enquanto que este ano a média é de R$ 15,47. Expectativa de vendas para a ceia de Natal e Ano Novo é de 12%, segundo Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat). Para o consumidor final a carne suína está acessível. Em média o quilo encontra-se entre R$ 6 e R$ 7” Conforme o presidente da Asmat, Kassio Catena, o preço dos suínos está estabilizado. Para um dos proprietários da rede de Supermercado Modelo, Altair Magalhães, as expectativas de vendas de suínos são boas para este final de ano. “Esperamos um crescimento de 10% de aumento nas vendas tanto de suínos quanto de aves. Essa mesma quantidade foi a que compramos a mais que em 2009”. Segundo a gerente-geral de operações da rede Comper em Cuiabá, Izilda Maria, para as festas de final de ano a rede na capital mato-grossense comprou 15% a mais de carne suína para comercializar. “Fechamos na última semana as negociações com as indústrias e agora estamos com um bom estoque para atender a demanda”, acrescenta a gerente. Para a comerciante Laura Cleide, realmente está mais em conta levar carne suína hoje. “Os preços estão bons do suíno, seja a costelinha, a bisteca, o lombinho. Se comparar com a carne bovina posso levar o dobro quase de suíno”. Mercado interno deve se manter estável em 2011 Conforme o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues de Castro, a tendência para 2011 é que o mercado de suínos se mantenha no mesmo patamar de 2010. “Mato Grosso é um estado com a suinocultura em crescimento. O custo de produção é baixo, assim como os preços de venda”. Em relação ao fato do atraso que a safrinha do milho sofrerá, Castro comenta que a queda na produção do milho poderá, sim, afetar a suinocultura. “A quebra da safrinha do milho preocupa em relação ao estoque deste. Os produtores, em geral, querem que os governos estaduais e federais olhem para a questão da sustentabilidade das cadeias produtivas. O mercado de suínos vivos está consistente hoje. 2011 será um ano interessante no primeiro semestre. A exportação de suínos do Brasil foi aberta pelos Estados Unidos e Canadá”, acrescenta Castro. Conforme levantamento de Produção da Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso em 2009 contou com um efetivo de 1,854 milhão de cabeças de suínos, uma representação de 4,9% na produção nacional, ficando em sexto lugar no ranking. Assim como no setor de bovinos, o de suínos contou ano passado com boa representatividade. Ao todo, quatro municípios mato-grossenses aparecem entre os 20 com mais efetivo de suínos. Tapurá surge em 8º lugar no ranking dos suínos com 264,8 mil cabeças (0,7% de representação). Lucas do Rio Verde (194,1 mil cabeças) e Nova Mutum (187,6 mil cabeças) surgem em 11º e 12º respectivamente, com 0,5% de participação. Já Diamantino aparece em 19º lugar com 0,4% de participação no rebanho suíno, com 149 mil cabeças.