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29 de Agosto de 2011

Carne suína não é a vilã da saúde que você imagina

Apesar do crescimento registrado nos últimos anos e dos constantes investimentos da cadeia produtiva em sanidade, o consumo de carne suína no Brasil ainda está envolto em uma série de tabus relacionados ao impacto deste tipo de proteína animal na saúde humana. No Brasil, o consumo per capita de carne suína ao ano é de apenas 14,5 kg enquanto na União Europeia a média de consumo per capita ao ano é 45 kg. "Os cuidados sanitários estão cada vez mais presentes na cadeia de suínos e são essenciais para produzirmos uma carne segura, saborosa e de qualidade no País", ressalta Evandro Poleze, team leader da unidade de negócios Suínos da Pfizer Saúde Animal. "O risco de contaminação por parasitoses, por exemplo, foi extremamente reduzido com a adoção das técnicas adequadas de manejo e alimentação, bem como com o controle sanitário rígido nas granjas", completa. Tanto o processo de criação de suínos quanto o controle de doenças evoluíram muito nos últimos anos e têm possibilitado a profissionalização e crescimento do segmento. Vale a pena desmistificar os preconceitos mais comuns que envolvem o consumo da carne suína: 1. Carne suína é mais rica em colesterol que outras carnes e seu consumo é mais prejudicial para quem tem colesterol elevado Por que é mito? O colesterol é um composto orgânico, um tipo de álcool presente em todos os animais que se localiza nas membranas celulares e é transportado no plasma sanguíneo. Todas as carnes têm níveis parecidos de colesterol, que variam normalmente de acordo com os cortes, pois este composto concentra-se mais próximo às células de gordura. "A pele de frango e a casca do camarão, por exemplo, são riquíssimas em colesterol apesar de não serem normalmente associadas ao risco de colesterol elevado pelos brasileiros. No caso da carne suína, o lombo é corte com menor teor de gordura intramuscular e seu teor de colesterol chega a ser menor do que o do peito de frango sem pele", salienta o médico veterinário e mestre em Agronegócios Fabiano Coser, diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).