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16 de Novembro de 2009
Campo Verde/MT registra primeiro foco de ferrugem nesta safra
Foi confirmado na sexta-feira (13), em Mato Grosso, o registro do primeiro foco da ferrugem asiática da safra de soja 09/10. A doença foi constatada em zona urbana e não comercial no município de Campo Verde, a 139 quilômetros ao sul de Cuiabá.
A informação consta no Sistema de Alerta Antiferrugem disponível no site da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT). A ferrugem apareceu mais cedo este ano no Estado. No ano passado, o primeiro caso havia sido confirmado no início de dezembro em uma Unidade de Alerta do município de Canarana, região Leste.
O coordenador do Projeto Antiferrugem na região sul, Clóvis Albuquerque, informou que imediatamente após a coleta da amostra, foi feita uma varredura na área. “Estão sendo tomadas medidas de controle para erradicar o foco, como gradear o solo no local e tratamento químico com herbicida dessecante, que são procedimentos indicados pelo fato da amostra ter sido encontrada em área não comercial”.
O presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, alerta que é hora de redobrar a atenção no monitoramento da lavoura. “A efetividade do controle da ferrugem se dá por meio da intensificação do monitoramento, aliado as recomendações técnicas de aplicações de fungicidas. Por isto é necessário estar muito atento”.
MONITORAMENTO - O Sistema de Alerta é uma das ferramentas do projeto Antiferrugem da Aprosoja/MT que está na terceira edição. A novidade neste ano é que os supervisores de campo da Aprosoja/MT e coordenadores do projeto, também estão capacitados para diagnosticar outras doenças que ocorrem nas lavouras de soja, como por exemplo, antracnose, mancha-alvo, mela, entre outras.
Os produtores podem levar amostras de soja para serem analisadas nos mini-laboratórios localizados nos 18 municípios onde a Associação possui núcleo.
Na safra 08/09 foram analisadas 3.183 amostras de folha de soja de 53 municípios, sendo que em 329 amostras foram confirmados os casos de ferrugem asiática. O número de amostras foi 59% superior em relação à safra anterior quando foram analisadas 1.881 amostras de 33 municípios, sendo 302 focos confirmados com a presença da doença.
O gerente técnico da Aprosoja/MT Luiz Nery Ribas explica que o vazio sanitário, aliado ao monitoramento da lavoura são fatores que têm dado resultados no controle da doença. “Mas, todo cuidado é pouco, estamos em um período de irregularidade de chuvas. Se por um lado as chuvas são essenciais para o plantio, por outro podem estimular o aparecimento da ferrugem. Por isso, precisamos redobrar a vigilância sobre as lavouras para evitar a proliferação da doença, já que entre os fatores que favorecem a manifestação do vírus estão à umidade e o calor”, alerta.