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10 de Novembro de 2010

BRF eleva exportações, mas câmbio afeta receita

O copresidente da BRF Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje que o faturamento da companhia no ano apresentará crescimento no mercado interno e nas exportações. Porém, ao mesmo tempo será afetado pela depreciação do dólar ante o real. "Quando você converte o crescimento das vendas externas em real você não vê o total crescimento na receita, mas os volumes estão se mantendo fortes. Estamos crescendo em alguns mercados como Ásia, América Latina e Oriente Médio", disse o executivo após participar de palestra no evento Brazil Summit 2010. Segundo ele, a companhia está conseguindo reajustar preços no exterior, alinhado com a demanda mundial. Com relação aos rumores de que a Rússia proibirá exportações de aves congeladas a partir do ano que vem, Furlan afirma que para a companhia o mercado russo é relevante, já foi um grande player, mas hoje possui uma participação de cerca de 5% das vendas externas da empresa. "A diversificação que o mercado e a BRF têm feito hoje dão certo antídoto para essas medidas protecionistas", disse. Cade Furlan não quis falar sobre assuntos relacionados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas comentou sobre um projeto no Senado "do qual é fortemente partidário". "Esse projeto que está no Senado defende a unificação do sistema de concorrência e está parado há vários meses. O Senado poderia dar agilidade a esse processo dando real peso para ele, evitando essa agonia das empresas e promovendo um sistema mais ágil e moderno, declarou, ressaltando que o processo de avaliação da fusão entre Sadia e Perdigão já dura 18 meses. Com relação ao caso da Sadia com os derivativos, que será julgado pela autarquia em 14 de dezembro, Furlan afirmou que seu departamento jurídico está acompanhando a situação mais de perto que ele, mas espera que a decisão "seja de bom senso".