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15 de Junho de 2011

Brasil em busca da liderança mundial de alimentos

Wagner Rossi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresentou na última terça-feira (14/06) as estimativas para o agronegócio brasileiro na próxima década. Os dados evidenciam que o país está pronto para contribuir no grande desafio da economia mundial, que é enfrentar a fome. Durante o lançamento das Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021, Wagner Rossi alertou que “os organismos internacionais têm levantado a existência de uma população de 1 bilhão de pessoas que ainda passam fome”. A projeção foi elaborada pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério, em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e demonstrou que a produção agropecuária do país deve crescer 23%, em volume, com incorporação de 9,5% de novas áreas cultivadas no período. Atualmente, o Brasil é o segundo maior fornecedor no mercado internacional de alimentos, mas, segundo as projeções, se aproximará cada vez mais dos Estados Unidos, que detém a liderança. “O Brasil tem potencial para se tornar o maior fornecedor de proteína animal e vegetal do mundo”, destacou Wagner Rossi, afirmando também que os dados apresentados são conservadores. “Esta radiografia mostra que o Brasil, nos próximos anos, continuará a marchar firmemente em direção a essa meta, de se tornar o maior agente no mercado internacional de alimentos”, completou Rossi. Conforme os dados do estudo, a produção de carnes de frango, bovina e suína deve ter um aumento de 27% na próxima década. Com uma produção atual de 24,6 milhões de toneladas, a estimativa é que haja um acréscimo de 6,6 milhões de carne à produção atual, chegando a 31,2 milhões de toneladas produzidas. A maior variação positiva caberá à carne de frango, que chegará a 30 % no período 2020/2021. O cálculo refere-se à elevação da produção atual de 12,1 milhões de toneladas para 15,7 milhões de toneladas. Depois do frango, figura a carne bovina, com aumento de 24% da produção. O volume produzido saltará de 9,2 milhões de toneladas para 11,4 milhões de toneladas. A projeção indica também que a produção de carne suína passará de 3,4 milhões de toneladas para 4,1 milhões em 2021 – um crescimento de 20,6%. Segundo o coordenador geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Gasques “além do aumento da produção, do mesmo modo que no consumo de grãos, nas carnes, também haverá forte pressão do mercado interno. Desse modo, embora o Brasil seja um grande exportador de vários desses produtos, o consumo interno será predominante no destino da produção”. Finalizando a apresentação da estimativa, o ministro Wagner Rossi destacou a importância das projeções para orientar a alocação dos recursos naturais, humanos e financeiros disponíveis da melhor maneira.