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21 de Agosto de 2013

Agronegócio puxa atividade econômica no 1º semestre

A expansão de 2,5% da atividade econômica no primeiro semestre foi impulsionada pelo excelente desempenho obtido no agronegócio, que se expandiu 12,8% no período. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21) pela Serasa Experian. O desempenho no primeiro semestre foi melhor que a alta de apenas 0,6% verificada no mesmo período do ano passado, porém inferior aos crescimentos observados nos primeiros semestres de 2011 e 2010, de 3,8% e de 9%, respectivamente. Segundo estimativas oficiais, a safra de grãos está atingindo cerca de 188 milhões de toneladas em 2013 (crescimento de aproximadamente 16% frente à safra de 2012), com destaques para as expansões de 24%, de 33% e de 12% das safras de soja, trigo e milho, respectivamente. Por outro lado, a atividade industrial teve crescimento de apenas 0,7% no acumulado do primeiro semestre. Segunda a Serasa, a alta da inflação observada em quase todo o primeiro semestre de 2013 acabou afetando negativamente a produção de alguns setores industriais importantes como o de alimentos e o de bebidas. Já o setor de serviços apresentou um crescimento um pouco mais favorável do que atividade industrial e encerrou o semestre com avanço de 2,2% frente ao mesmo período do ano passado. Os investimentos tiveram alta de 6,5% no primeiro semestre de 2013. Destaque para a produção de caminhões que, segundo os dados do setor, cresceu 51% neste primeiro semestre de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o consumo das famílias, impactado pela alta da inflação, exibiu um dinamismo mais contido e cresceu apenas 2,5% no primeiro semestre. O consumo do governo também registrou baixo crescimento e fechou o semestre com alta de apenas 1,1%. De acordo com a Serasa, o setor externo foi o grande freio à expansão da atividade econômica durante o primeiro semestre de 2013. As exportações cresceram 0,7% e as importações (que entram com sinal negativo na composição do PIB) subiram 7,9%. "Prova disto é o fato de que a balança comercial brasileira acumulou um deficit de US$ 3 bilhões durante o primeiro semestre de 2013, o pior resultado dos últimos 18 anos", disse a empresa em nota.