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20 de Janeiro de 2010

Agronegócio deve ser destaque das exportações para países árabes

O agronegócio foi um dos destaques das exportações brasileiras para os países árabes no ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça, dia 19, pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em São Paulo. A entidade projeta para este ano participação ainda maior do setor no mercado árabe. A crise financeira causou redução no comércio global em 2009, afetando também as exportações brasileiras para os 22 países árabes. A queda do dólar diminuiu a competitividade do produto brasileiro, prejudicando a receita com as vendas para a região. Em função disso, os embarques em 2009 somaram US$ 9,4 bilhões, uma queda de 4,36% em comparação com 2008, segundo a Câmara de Comércio. Em compensação, as exportações do agronegócio para os países árabes cresceram no ano passado em relação a 2008. Foi uma alta de 14% na receita. Os produtos que mais se destacaram foram o açúcar e a carne. Um dos maiores exportadores de carne do mundo, a JBS, confirma o bom desempenho dos embarques. A empresa exporta para mais de 10 países árabes, principalmente Egito. A diretoria não informou os dados consolidados, mas estima que o volume vendido para o mercado árabe cresceu 20% no ano passado. É esperado também um aumento da receita. A companhia planeja aumentar a presença no mundo árabe. Neste ano, Marrocos e Sudão podem abrir as portas para o produto da empresa. Ao realizar a fusão com o frigorífico Bertin, a JBS passou a contar com duas unidades habilitadas a exportar para a Síria. O complexo carnes lidera a pauta de exportações do Brasil para os países árabes. No ano passado, o volume embarcado aumentou 21,47%. A receita teve uma queda de 1,9%, por causa da baixa nos preços internacionais e da desvalorização do dólar. Em seguida vem o açúcar, com aumento de 17,12% em volume. A receita subiu 44,75% por causa da forte valorização internacional do produto. Apesar da perda de receita em alguns segmentos, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira destaca a maior participação do agronegócio brasileiro na região. A entidade acredita que, neste ano, isso deve continuar. Produtos como soja, milho e frutas, também devem ganhar mais espaço