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05 de Agosto de 2009

Agricultura deve pedir R$ 2 bi para manter leilões

O Ministério da Agricultura deve formalizar hoje à Fazenda R$ 2 bilhões para dar continuidade ao seu programa de sustentação de preços agrícolas. O valor tem como base o próprio orçamento da Agricultura, de R$ 5,2 bilhões para 2009. Deste total, a pasta já comprometeu R$ 2,9 bilhões em políticas de apoio à comercialização e teria que dispor de R$ 2,3 bilhões que deveriam ser levantados pelo próprio Ministério para aquisição. "Por enquanto, vamos pedir apenas a execução do orçamento", comentou um técnico da Agricultura. Na Fazenda, há uma avaliação clara de que a conjuntura não é propícia para propostas que não podem ser executadas. A forma usual de a Agricultura fazer caixa é por meio de venda de estoques. Ocorre que o volume de produtos nas mãos do governo federal é pequeno. Além disso, seria contraproducente ampliar a oferta de grãos e demais itens justamente em um momento em que o governo quer enxugar o mercado para aumentar ou, na pior das hipóteses, manter os preços praticados atualmente. "Este ano, o governo está comprador", disse uma fonte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pela realização dos leilões. Como não há saída dentro do Ministério da Agricultura para levantar os recursos, a avaliação interna é a de que o governo precisa honrar o compromisso com os produtores rurais de que não faltaria dinheiro para o campo. A bancada ruralista promete pressionar para obter os recursos e não descarta a possibilidade de ampliar a solicitação de acordo com as necessidades do setor. Do lado da Fazenda, também foram reunidos hoje números para embasar a avaliação dos técnicos. Uma lista dos cinco itens com mais apoio para a comercialização foi levantada. Os produtos são algodão, arroz, trigo, milho e café. ONTEM - A subvenção econômica leiloada ontem, pela Conab para cooperativas rurais e produtores de milho do Mato Grosso foi disputada lance a lance. Os participantes arremataram R$ 26,53 milhões em Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), cerca de 85% dos R$ 31,28 milhões ofertados pela estatal. Os recursos serão destinados à venda e ao escoamento de 500 mil toneladas de milho.